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Chega apela a Marcelo para “chamar publicamente o Governo à razão” no afastamento do presidente do Tribunal de Contas

Partido liderado por André Ventura considera que as notícias sobre a não recondução de Vítor Caldeira “não apanham ninguém desprevenido nem surpreendem verdadeiramente”, criticando a “desfaçatez e o sentimento de impunidade do Governo” na relação com o Tribunal de Contas.
Vitor Manuel da Silva Caldeira (C), Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas intérvem na audição do Tribunal de Contas na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa na Assembleia da República, Lisboa, 16 de janeiro de 2018. MIGUEL A. LOPES/LUSA
4 Outubro 2020, 18h19

A direção nacional do Chega reagiu à notícia do afastamento do presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, que terá recebido um telefonema de António Costa a dar-lhe conta de que não será reconduzido no cargo, apelando a Marcelo Rebelo de Sousa para que “não deixe de chamar publicamente o Governo à razão numa matéria em que está em causa o equilíbrio de poderes da República”.

“O Chega censura fortemente a desfaçatez e o sentimento de impunidade do Governo na relação com o Tribunal de Contas”, defende o Chega, considerando que as notícias sobre o afastamento de Vítor Caldeira “são preocupantes, mas não apanham ninguém desprevenido nem surpreendem verdadeiramente”.

“Esta atittude – e a forma como foi materializada – revelam bem a impunidade e a desfaçatez com que o Governo lida com os poderes independentes que o devem fiscalizar”, defende o partido liderado por André Ventura, em comunicado, destacando que a não recondução de Vítor Caldeira “é tanto mais grave na medida em que ocorre num momento em que Portugal se prepara para receber uma das maiores verbas de sempre da União Europeia e em que, por isso mesmo, a capacidade de fiscalização do Tribunal de Contas é superiormente importante”.

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