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Chega quer fundo de solidariedade para dar tablets e computadores a professores e alunos necessitados

André Ventura defende que o Ministério da Educação garanta verbas às autarquias para que estas possam doar material informático necessário para o ensino à distância provocado pela pandemia de Covid-19.
  • Mário Cruz/Lusa
20 Abril 2020, 07h30

O deputado único do Chega, André Ventura, apresentou um projeto de resolução na Assembleia da República em que recomenda a criação e implementação imediata de um Plano Nacional de Solidariedade e Literacia Digital, destinado a garantir ajuda financeira do Ministério da Educação às autarquias para que estas possam doar computadores e tablets aos alunos necessitados de material informático para poderem seguir o ensino à distância impostos pelas medidas de contenção para travar o contágio da Covid-19.

“Pese embora as aulas através de plataformas eletrónicas tenham vindo a decorrer com relativo sucesso, não nos podemos esquecer de todos aqueles que, no Portugal do século XXI, não têm um computador em casa ou não têm acesso à Internet, ou até não têm acesso a nenhuma destas duas cada vez mais indispensáveis ferramentas digitais”, lê-se no projeto, que cita um estudo da Nova SBE que estima em 23% a percentagem de alunos sem computador com que possam navegar na Internet.

Através do projeto de resolução, o Chega pretende que o Governo faça um levantamento, por município, do número de professores e alunos que não dispõem de computador, tablets e semelhantes, bem como de acesso à Internet, nas residências, que ajude financeiramente os municípios a garantirem a doação dos meios tecnológicos necessários, e que assegure que as autarquias adjudiquem os contratos de aquisição de material informático a pequenas e médias empresas, “de forma a auxiliar na retoma financeira destes agentes económicos que têm sido prejudicados por esta pandemia”.

Para André Ventura, a Covid-19 “mostra como tem vindo a ser feito um escasso e pobre trabalho no que diz respeito à literacia digital da população portuguesa”, elogiando ainda assim as autarquias que, perante a “inércia do Governo”, puseram em prática planos para auxiliar professores e estudantes.

 

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