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Chega recusa novas restrições à mobilidade e aos horários devido à pandemia de Covid-19

André Ventura defendeu “medidas cirúrgicas, adequadas e proporcionais”, como novas campanhas de prevenção, acréscimo de testagem e reforço do uso de máscara, embora seja contra a obrigatoriedade na via pública. Fora de questão está repetir medidas que “destruíram ou enfraqueceram consideravelmente a economia portuguesa e a vida das famílias”
  • José Sena Goulão/Lusa
19 Novembro 2021, 19h00

O presidente e deputado único do Chega, André Ventura, admitiu a necessidade de “medidas pontuais que previnam a escalada do número de contágios e internamentos” com Covid-19, mas salientou que a resposta ao aumento de incidência de Covid-19 não deve passar por restrições à mobilidade e aos horários de funcionamento “que destruíram ou enfraqueceram consideravelmente a economia portuguesa e a vida das famílias”.

Numa reação à sessão epidemiológica realizada nesta sexta-feira em Lisboa, o líder do Chega, que se encontra em Bruxelas numa reunião do família política europeia Identidade e Democracia, defendeu medidas como o reforço da utilização de máscara – recusando, ainda assim, a sua obrigatoriedade em todos os locais e, nomeadamente, na vida pública – e da testagem da população, bem como a realização de novas campanhas de prevenção.

“As medidas devem ser adaptadas a este novo contexto em que uma grande parte da população está vacinada, existe um sentimento de retoma progressiva e em que as pessoas querem maioritariamente voltar à vida normal”, disse o líder do Chega, numa mensagem gravada, considerando que a situação “mais complicada do que há um ou dois meses” acaba por ser natural, visto que se aproxima a fase do ano em que os sistemas de saúde dos vários países europeus sofrem a pressão que o tempo frio potencia no que toca a outras doenças respiratórias.

Admitindo que as “medidas cirúrgicas, adequadas e proporcionais” que o Chega defende na resposta à nova fase da pandemia de Covid-19 poderão ser reavaliadas dentro de um mês, Ventura voltou a recusar qualquer tipo de estado de emergência e responsabilizou o Executivo de António Costa por “mais uma vez não ter reforçado a capacidade dos sistemas de saúde quando o devia ter feito”.

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