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Chegou uma nova operadora de mobilidade partilhada a Lisboa com mil trotinetes elétricas prontas para circular

A Superpedestrian diferencia-se das atuais operadoras na capital ao reforçar o conforto, a autonomia e os sistemas de segurança incorporados. Originária do MIT, nos EUA, esta nova operadora de mobilidade partilhada promete disponibilizar na capital 1.500 trotinetes até ao final do mês, garantido ao JE, que a expansão para outras localidades em Portugal está em cima da mesa.
2 Junho 2021, 13h02

Depois de Itália, Espanha, Áustria e Suécia, a Superpedestrian chega agora a Portugal com mil trotinetes Link prontas a serem utilizadas em Lisboa, com a promessa de aumentar a frota até 1.500 veículos até ao final do mês, numa altura em que cada vez mais os cidadãos portugueses procuram por soluções de mobilidade elétrica.

Em conversa com o Jornal Económico (JE), o gestor da empresa de engenharia e robótica a nível nacional afirma que, embora reconheça que seja tardia a chegada a Portugal comparativamente ao boom de veículos de mobilidade partilhada a que se assistiu nos últimos anos — em 2019, existiam nove operadoras, atualmente existem quatro —, a aposta da Superpedestrian no país é estratégica e adequada uma vez que o produto foi desenvolvido e estudado com o seu devido tempo.

“Isto foi algo pensado e desenhado para atingir a melhor perfomance nas cidades possível. Achámos que agora era a melhor altura para lançar o veículo [em Portugal] porque cumpre todos os requisitos”, frisa João Afonso ao JE.

O projeto, que ganhou vida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, sigla em inglês), em 2013, contou com um investimento global de 75 milhões de dólares (cerca de 61,28 milhões de euros) para pesquisa e desenvolvimento, estando atualmente presente em mais de 30 cidades. A partir de hoje, Lisboa faz parte da lista e embora o arranque da operação comece na capital, com uma equipa de nove pessoas, João Afonso não exclui a hipótese de o projeto se expandir para outras localidades.

“O interesse por Lisboa foi óbvio, porque é uma das melhores capitais europeias”, explicou. “Operamos muito bem em cidades pequenas, é onde conseguimos ter mais resultados a nível de operação. Não descartamos de todo a expansão para outras localidades, mas claro que entrando pela primeira vez em Portugal, a primeira cidade tinha que ser a capital”.

A Link, que foi concebida para um condutor com peso até 135 quilos, promete diferenciar-se da atual oferta na capital ao ser 20% mais larga e 9% mais comprida do que a média da indústria, tendo ainda um guiador e suspensão dianteira mais largos. Tudo isto, garante a Superpedestrian, permite que o utente tenha uma experiência de condução “mais estável e “segura”.

Além de ser totalmente neutra em carbono e acessível à maioria da população, esta nova trotinete incorpora um sistema patenteado “vehicle intelligent safety system” (VIS) da Superpedestrian que foi desenvolvido durante oito anos. Trata-se de uma rede de sensores, microprocessadores e inteligência artificial que permite executar mil verificações do estado do veículo a cada segundo durante a viagem, permitindo uma adaptação imediata à perfomance do veículo de modo a evitar problemas. Caso detete alguma das 140 falhas de segurança possíveis (incluindo problemas eletrónicos, de bateria, motor ou travões), o sistema impede que a trotinete fique operacional.

“A nossa frota é muito mais eficiente, tem muito mais autonomia e segurança do que aquelas que já existem no mercado”, continua o responsável. “O produto foi desenvolvido com materiais mais robustos e em termos de dimensão é mais largo e mais comprido, logo mais seguro para os cidadãos”.

Outro ponto que diferencia a frota da Link das restantes, é o software de geofence, que foi desenvolvido durante oito anos, e que está incorporado na trotinete. Com a informação de 24 mil zonas mapeadas e um tempo de resposta de apenas 0,7 segundos, o sistema de geofence da Link permite que as trotinetes não circulem fora das áreas permitidas, como a Praça do Comércio, rua da Prata, rua Augusta e rua Áurea. Além de limitar a circulação do veículo, o mapa regista ainda as mais de 100 zonas de estacionamento recomendadas da cidade.

Ou seja, “a partir do momento em que a trotinete está numa zona em que não pode circular, não anda”, esclarece, permitindo assim um maior controle sobre a frota.

Questionado sobre se o desenvolvimento de outros veículos de mobilidade partilhada está em cima da mesa, João Afonso, sem adiantar muitos detalhes, relembra que a Superpedestrian é uma empresa de engenharia e robótica na área da mobilidade e que, por isso, “seguramente está a trabalhar noutros veículos” que ficarão operacionais no futuro.

Desbloqueios gratuitos até ao final do mês

Para assinalar o lançamento destes veículos, será realizada uma ação de promoção entre 4 a 6 de junho (de sexta-feira a domingo): todos os condutores que se deslocarem numa trotinete Link até ao Café do Forte, junto à da Torre de Belém, receberão um gelado Santini grátis. E mais: a Superpedestrian vai permitir que todos os passageiros desfrutem de um desbloqueio gratuito até dia 30 de junho de 2021, sendo que irá igualar cada euro que os passageiros carregarem nas suas “wallets” durante o mesmo período. Ao fim desse período, a taxa de viagem por minuto é de apenas 15 cêntimos.

Para alugar uma trotinete, os passageiros precisam apenas de descarregar a aplicação “Link” da Superpedestrian na Google Play Store ou Apple Store.

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