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Cheque para comprar carro elétrico sobe 33% para 3 mil euros

Cheques para particulares vão aumentar, mas vão ficar limitados a carros elétricos abaixo dos 62.500 euros. Governo prevê um bolo total de 2,65 milhões de euros para este ano, libertando 883 cheques de 3.000 euros para comprar veículos com zero emissões.
21 Fevereiro 2019, 07h45

O cheque para os particulares que comprem carro elétrico vai ser mais generoso este ano. O incentivo sobe 33% em 2019 para um total de 3.000 euros.

O aumento do apoio acontece depois de as vendas de automóveis com zero emissões terem registado um aumento de 148% em 2018 para um total de 4.073 unidades. Já este ano, as vendas disparam mais de 200% em janeiro, o que demonstra o apetite dos portugueses pela mobilidade elétrica.

O aumento do cheque foi avançado ao Jornal Económico pelo secretário de Estado Adjunto e da Mobilidade José Mendes, que acredita que o cheque vai continuar a incentivar a mobilidade elétrica em Portugal, que tem tido crescimentos anuais consecutivos na ordem dos três dígitos.

“Estou em crer que vamos ter aqui uma aceleração muito exponencial das vendas, o que significa que fatia de veículos elétricos no total de vendas de veículos em Portugal já começa a ter uma expressão muito acentuada e estas coisas quando são assim tendem a ser disruptivas”, disse José Mendes ao JE.

“Ou seja, não faltarão muitos anos para que seja absolutamente natural, seja quase um ato de bom senso e de racionalidade, adquirir um veículo elétrico face a veículos com motores de combustão interna. Nós enquanto governantes o que queremos é descarbonizar o sistema de mobilidade, portanto, quanto mais veículos de emissões zero tivermos a circular, melhores notícias para o país”, afirmou.

A par do aumento do cheque para 3.000 euros no caso dos particulares, o bolo total para comprar estes veículos vai aumentar para 2,650 milhões de euros. Apesar das subidas, o número total de beneficiários irá descer para os 883 cheques, face aos mil cheques disponíveis no ano passado, quando o cheque era de 2.250 euros.

Além do aumento do valor do cheque para os particulares e da subida do bolo total, houve outras alterações este ano. Apesar do cheque para as empresas manter-se nos 2.250 euros, o número total de veículos elétricos que uma empresa pode comprar desceu para quatro unidades, menos uma face a 2018.  “Estamos assim a libertar mais apoios para o lado dos particulares”, aponta o governante. As empresas continuam a ter direito à isenção do Imposto Único de Circulação (IUC) e do Imposto sobre o Veículo (ISV).

E para os particulares, acabaram-se os cheques para comprar carros elétricos de luxo, pois o Governo criou um teto máximo de 62,500 mil euros. Isto é, só tem direito a cheque quem comprar um carro abaixo deste valor, conforme o Jornal Económico avançou em primeira mão a 30 de janeiro.

“Limitando um bocadinho mais o número de veículos por pessoa coletiva; limitando o valor máximo do veículo; aumentando o apoio para 3.000 euros por veículo para os particulares; significa que, sem dúvida, este ano vamos apoiar mais particulares face ao ano passado”, prevê José Mendes.

Outra novidade este ano é que a compra de bicicletas elétricas vai ter direito a um cheque de 250 euros, para um bolo total de 250 mil euros. Assim, os primeiros mil compradores de bicicletas elétricas vão ter direito a este cheque.

Já as motos elétricas continuam a ter direito ao incentivo este ano. O cheque vai permitir um desconto de 20% no preço da moto, num teto de 400 euros por unidade, com dinheiro previsto para a compra de 250 motos elétricas.

 

 

https://jornaleconomico.pt/noticias/governo-acaba-com-cheque-para-carros-eletricos-de-luxo-404568

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