China. 24 anos depois, pais voltam a reunir-se com filho raptado

Uma família chinesa voltou a reunir-se com o seu filho 24 anos depois de a criança ter sido raptada. O filho de Guo Gangtang e da sua esposa, cujo nome não foi revelado, foi raptado quando tinha dois anos por traficantes humanos na província de Shandong, revela a “BBC”.

Os suspeitos do rapto, que eram namorados na altura, planearam raptar uma criança com a intenção de o vender por dinheiro. Depois de terem visto a criança a brincar no exterior da sua casa, a mulher do casal agarrou a criança e levou-a para uma paragem de autocarros onde o seu parceiro a aguardava de onde se deslocaram para a província vizinha de Henan para vender a criança, de seu nome Guo Xinzhen.

A polícia identificou o filho de Gangtang recorrendo a testes de ADN. Os dois suspeitos encontram-se presos. O filho ainda se encontra a viver na província de Henan.

O reencontro – que teve lugar na cidade de Liaocheng, província de Shandong – foi emotivo com os pais a chorarem e a abraçarem o seu filho. “Voltaste, meu bebé”, disse a mãe no vídeo divulgado pela “CNN”.

Depois do rapto, Guo Gangtang assumiu como missão da sua vida tentar encontrar o seu filho. Viajou por mais de 20 províncias por toda a China de moto tendo percorrido mais de 500 mil quilómetros para seguir pistas que lhe chegavam de todo o país. As viagens foram duram: 10 motos danificadas, foi assaltado e partiu ossos em acidentes.

O pai também disse que gastou todas as suas poupanças para tentar encontrar o seu filho, tendo transportando cartazes com a fotografia da criança por toda a China, chegando a dormir debaixo de  pontes e mendigado quando o dinheiro chegou ao fim. Pelo meio, juntou-se a organizações de crianças desaparecidas e ajudou sete pais a encontrarem os seus filhos raptados.

Este é um exemplo, mas a “BBC” aponta que os raptos de criança são um grande problema na China desde há décadas. Em 2015, foi estimado que mais de 20 mil crianças são raptadas todos os anos na China, com muitas a serem vendidas para adoção tanto no país como no estrangeiro.

A história chegou a inspirar um filme que foi lançado em 2015 que conta com a estrela do cinema de Hong Kong, Andy Lay, destaca a agência britânica.