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China acaba com o uso do carvão para aquecer casas

A China está a fazer esforços para combater a poluição. Um dos pontos principais nesta luta passa por reduzir o consumo de carvão.
11 Março 2019, 16h06

Para aquecerem as suas casas durante o inverno, os chineses queimavam em média cerca de 400 milhões de toneladas de carvão por ano. Mas um programa implementado há seis anos está a mudar os hábitos de consumo de energia no país durante o inverno.

Este programa que permite aquecer as habitações com menos emissões poluentes enfrentou algumas dificuldades no último inverno. Isto deveu-se à escassez de gás natural mas, ainda assim, 4,8 milhões de habitações conseguiram alternar a energia do carvão para gás natural e eletricidade, de acordo com o ministro do ambiente chinês, Li Ganjie. A China também instalou tecnologias de emissões ultra-baixas em mais de 80% da sua capacidade total de geração de energia a carvão, acrescentou o ministro.

Apesar destas medidas, o ministro do Ambiente sublinhou que a batalha contra o smog continua a ser muito difícil de combater. “Na realidade, as pressões são enormes e não é fácil ser otimista sobre as tendências. As mudanças mais simples já foram feitas, e agora o que há para fazer é muito mais difícil”, afirmou Li ao mesmo tempo que se mostrou preocupado.

Ainda que a China tenha diminuído a percentagem de carvão utilizado na energia para 59% em 2018, sendo que em 2012 ela era de 68,5%, o valor continua a ser demasiado alto. O ministro afirmou que a proteção ambiental que estava a ser aplicada, apresenta disparidades entre regiões.

Na semana passada, os governantes chineses garantiram que iriam implementar restrições às emissões, pelo terceiro inverno consecutivo. O primeiro-ministro Li Keqiang disse perante o Parlamento, que o Estado vai continuar a reforçar os níveis de controlo de poluição em 2019.

Embora as concentrações de pequenas partículas perigosas, conhecidas como PM2.5, tenham diminuído no ano passado, elas voltaram a aumentar durante o inverno, com uma média de 39 cidades do norte propensas a poluição, o valor fixou-se em 13% acima do período de outubro a fevereiro.

 

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