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China amplia taxas ‘antidumping’ sobre fibra ótica dos Estados Unidos

A China impôs novas taxas `antidumping` sobre um tipo específico de fibra ótica importada dos Estados Unidos, após concluir que empresas norte-americanas contornaram as tarifas já em vigor, anunciou hoje o Ministério do Comércio.
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The flags of the United States and China fly from a lamppost in the Chinatown neighborhood of Boston, Massachusetts, U.S., November 1, 2021. REUTERS/Brian Snyder
4 Setembro 2025, 09h57

A China impôs novas taxas `antidumping` sobre um tipo específico de fibra ótica importada dos Estados Unidos, após concluir que empresas norte-americanas contornaram as tarifas já em vigor, anunciou hoje o Ministério do Comércio.

A decisão amplia o âmbito das medidas antidumping implementadas desde 2011 sobre outra categoria de fibra ótica, passando agora a incluir também produtos de tipo monomodo com ponto de corte deslocado (classificação técnica G.654.C).

A prática de dumping consiste na venda a preço inferior ao custo de produção.

Segundo um comunicado divulgado pelo ministério, uma investigação de seis meses concluiu que exportadores norte-americanos introduziram esse produto no mercado chinês através de alterações nos padrões de comércio que “enfraqueceram a eficácia das medidas existentes”, e que essas mudanças “carecem de justificação comercial suficiente”.

Pequim fixou as taxas em 37,9% para a Corning Incorporated, 33,3% para a OFS Fitel e 78,2% para a Draka Communications Americas, sendo que as empresas norte-americanas ficarão sujeitas a uma taxa uniforme de 78,2%.

A investigação foi iniciada em março, a pedido de uma empresa chinesa, e é o primeiro caso de alegada evasão tarifária tratado formalmente pelas autoridades chinesas.

O Comité de Tarifas do Conselho de Estado determinou que, a partir de hoje e pelo menos até 2028, as taxas antidumping existentes se apliquem também ao produto G.654.C, agora considerado como tendo servido para contornar as restrições anteriores.

O anúncio surge após várias semanas de relativa acalmia na disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo, depois de Washington e Pequim terem acordado em agosto uma extensão de 90 dias na suspensão da imposição de novas tarifas.

Ainda assim, persistem tensões, sobretudo em torno das restrições tecnológicas impostas pelos EUA e do controlo chinês sobre a exportação de terras raras, materiais essenciais para setores como o aeroespacial e os semicondutores para inteligência artificial.

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