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China antecipa choque externo ao armazenar matérias-primas em grandes quantidades

A segunda maior economia global poderá estar a preparar-se para resistir a um choque externo duradouro, segundo o ‘el Economista’. As pistas foram dadas por comerciantes que negoceiam diariamente em ouro, petróleo, prata e cobre, segundo os quais o volume de compras atual do “gigante asiático” é invulgarmente elevado.
1 – China
5 Junho 2024, 19h16

A China tem vindo a armazenar matérias-primas em grandes quantidades, de acordo com o ‘el Economista’. A segunda maior economia global poderá estar, assim, a preparar-se para resistir a um choque externo duradouro.

As pistas foram dadas por comerciantes que negoceiam diariamente em ouro, petróleo, prata e cobre, segundo os quais o volume de compras atual do “gigante asiático” é invulgarmente elevado, sobretudo numa altura em que a economia chinesa está a perder dinamismo. Além disso, o sector imobiliário, um dos grandes consumidores de alguns daqueles materiais, está praticamente parado.

Voltando ao potencial cenário para o qual o país se prepara, o ‘el Economista’ lista entre as possibilidades uma guerra comercial, com um aumento drástico dos direitos aduaneiros por parte do Ocidente, ou uma guerra cambial, com uma maior intervenção do banco central na economia. Outra das possibilidades, e num cenário mais improvável – e pior -, uma guerra bélica com a invasão de Taiwan ou outro conflito que leve a um pico nos preços dos produtos de base. Em qualquer um destes cenários, a acumulação de matérias ajudaria a China a resistir e a sair vencedora de qualquer conflito deste tipo.

“Xi Jinping parece ter estudado o programa de sanções que os países ocidentais aplicaram contra a Rússia, após a invasão da Ucrânia, e está agora a aplicar medidas de proteção a longo prazo para fechar as “escotilhas” da economia chinesa e resistir a pressões semelhantes”, analisou Michael Studeman, antigo chefe do Office of Naval Intelligence, citado pelo ‘el Economista’.

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