[weglot_switcher]

China cria lista de produtos isentos de tarifas de importação norte-americanas

Apesar de fontes revelarem à Reuters a existência dessa lista pouco se sabe sobre quais os produtos abrangidos pelas isenções de tarifas. As autoridades chinesas têm optado por uma estratégia discreta, estabelecendo contactos secretos com empresas de modo a lhes informar que estão abrangidas pelas isenções, ou então por inquirir empresas no sentido de perceber quais têm sido os impactos das tarifas nos negócios, revela a agência noticiosa.
30 Abril 2025, 12h48

A China criou uma lista de produtos que estarão isentos das tarifas de 125% que são aplicadas às importações dos Estados Unidos, avança esta quarta-feira a agência noticiosa Reuters. Mas pouco se sabe sobre quais os produtos incluídos nessa lista. As autoridades chinesas têm optado por uma estratégia discreta, estabelecendo contactos secretos com empresas de modo a lhes informar que estão abrangidas pelas isenções, ou então por inquirir empresas no sentido de perceber quais têm sido os impactos das tarifas nos negócios.

Do pouco que se sabe estão incluídos nas isenções produtos farmacêuticos, chips, e motores para aviões, como refere a Reuters, e também o etano um produto que tem como único fornecedor os Estados Unidos.
A agência noticiosa sublinha que o secretismo que existe em volta desta lista de isenções se prende como facto do documento não ser público. Por isso uma das estratégias por parte das autoridades chineses tem passado por informar em privado as empresas da existência dessa isenção das tarifas aos seus produtos.
Uma das empresas que foi contactada, sublinha a agência noticiosa, opera no ramo farmacêutico, é norte-americana, e vende o seu produto também para o mercado chinês. Fonte da empresa, referiu à Reuters, confirmou que a organização foi contactada pelas autoridades chinesas acerca desta lista de isenções de tarifas.
A Reuters diz ainda que outras empresas têm sido contactadas no sentido de entrarem em contacto, em privado, com as autoridades chinesas, de modo a se inteirarem sobre se os seus produtos fazem parte da lista de isenções tarifárias.
Fontes dizem ainda à Reuters que as autoridades chinesas estão também a fazer um inquérito junto das empresas de modo a medir o impacto das tarifas. Nesse sentido terá sido realizado uma reunião onde as autoridades chinesas perguntaram a um grupo de lobby empresarial para “comunicar todas as situações críticas causadas pela tensões tarifárias e para avaliar casos específicos”. Contudo o nome da cidade onde decorreu este encontro não foi referido, tendo em conta que este reunião não foi pública.
A Reuters diz também que as entidades oficiais de Xiamen, cidade chinesa que possui um porto e uma base de manufatura na área eletrónica, enviou no passado fim-de-semana um inquérito a empresas de modo a poder aferir quais têm sido os impactos das tarifas. Esse inquérito terá sido enviado a empresas de têxteis e de semicondutores e conterá perguntas sobre os produtos que são exportados para os Estados Unidos e sobre o impacto que as tarifas têm tido no negócio, acrescenta a agência noticiosa.
Os Estados Unidos e a China têm tarifas recíprocas que aplicam às importações de ambos os países que estão acima dos 100%.
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.