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China felicita Joe Biden e Kamala Harris pela vitória eleitoral

O regime em Pequim aguardou mais de uma semana a reconhecer a vitória dos democratas. Reconhecimento chega depois de Joe Biden vencer no Arizona, estado tradicionalmente republicano.
  • Twitter Joe Biden
13 Novembro 2020, 11h25

A China juntou-se à lista de países que felicitou Joe Biden e Kamala Harris pela vitória nas eleições presidenciais dos Estados Unidos deste ano, pondo um fim a vários dias de especulação sobre quando Pequim reconheceria formalmente a vitória.

A China parabenizou Joe Biden e Kamala Harris pela vitória nas eleições presidenciais dos EUA, encerrando dias de especulação sobre quando Pequim reconheceria formalmente a vitória.

“Temos acompanhado a reação sobre as eleições presidenciais dos EUA tanto dentro dos Estados Unidos como da comunidade internacional”, cita a “Bloomberg”, esta sexta-feira, as declarações do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin. “Respeitámos a escolha do povo americano e felicitamos o Sr. Biden e a Sra. Harris.”

Embora tenha reconhecido a vitória (ainda que não tenha sido o próprio presidente Xi Jinping a dar os parabéns públicos) , as autoridades em Pequim ainda não comentaram sobre a contestação de Donald Trump quanto à contagem de votos, que, segundo o próprio é “fraudulenta”.

O reconhecimento da China surge depois dos principais meios de comunicação norte-americanos terem projetado uma vitória de preisdente-eleito no estado do Arizona, considerado há muito um bastião republicano. De acordo com a “Bloomberg”, o democrata venceu por pouco naquele estado, mas conseguiu angariar mais 11 votos no Colégio Eleitoral, perfazendo um total de 290 votos, mais 20 do que o necessário para ser considerado o vencedor e contra os 217 de Donald Trump.

Joe Biden, cuja margem no Arizona é atualmente de 0,3 pontos percentuais (cerca de 11 mil votos), é o primeiro candidato democrata a alcançar uma vitória naquele estado desde 1996, ano em que Bill Clinton venceu — antes dele, o feito coube a Harry S. Truman em 1948. Em 2016, Donald Trump venceu por 3.5 pontos percentuais.

Esta semana, o governo chinês já tinha abordado o assunto, limitando-se a dizer que “entendemos que o resultado das eleições presidenciais americanas será determinado de acordo com as leis e procedimentos dos EUA”.

Com o avanço da China, falta ainda a Rússia, acusada de ter interferido a favor de Trump nas eleições de 2016, pronunciar-se sobre o triunfo de Biden, assim como o Brasil, presidido por Bolsonaro, que olha Trump como uma referência política.

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