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China pede aos Estados Unidos que “cancelem imediatamente” taxas alfandegárias

“A China insta os Estados Unidos a cancelarem imediatamente as taxas unilaterais e a resolverem adequadamente as disputas com os seus parceiros comerciais através de um diálogo justo”, afirmou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.
China
FILE PHOTO: Chinese President Xi Jinping attends a welcoming ceremony for Greek President Prokopis Pavlopoulos outside the Great Hall of the People, in Beijing, China May 14, 2019. REUTERS/Jason Lee/File Photo
3 Abril 2025, 08h30

A China instou hoje os Estados Unidos (EUA) a “cancelarem imediatamente” as novas taxas alfandegárias anunciadas pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, apelando ao diálogo, face a barreiras comerciais que “põem em causa o desenvolvimento económico global”.

“A China insta os Estados Unidos a cancelarem imediatamente as taxas unilaterais e a resolverem adequadamente as disputas com os seus parceiros comerciais através de um diálogo justo”, afirmou o Ministério do Comércio chinês, em comunicado.

Segundo o ministério, esta ofensiva protecionista da Casa Branca, sem precedentes desde os anos 1930, “põe em risco o desenvolvimento económico global” e ameaça as cadeias de abastecimento internacionais, afetando também os interesses norte-americanos.

O ministério disse que se opõe “de forma firme” às novas taxas alfandegárias, que são particularmente pesadas para os seus produtos, e prometeu lutar para defender os “direitos e interesses” da China.

“Não há vencedores numa guerra comercial e não há saída para o protecionismo”, declarou o ministério.

As taxas impostas pelos Estados Unidos “não respeitam as regras do comércio internacional e prejudicam gravemente os direitos e interesses das partes envolvidas”, declarou na mesma nota.

Trump anunciou na quarta-feira novas taxas sobre quase todos os parceiros comerciais dos EUA, incluindo um imposto de 34% sobre as importações da China e 20% sobre a União Europeia, que ameaçam desencadear guerras comerciais mais amplas.

O republicano disse que as taxas são sobretudo dirigidas a dezenas de nações que têm excedentes comerciais significativos com os Estados Unidos e impôs um imposto de base de 10% sobre as importações de todas as nações, em resposta ao que chamou de “emergência económica”.

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