Indicadores económicos abaixo do esperado tem colocado a economia da China sob tensão. A Reuters refere que o país está cada vez mais pressionado a abrandar a “torneira fiscal”. Uma das medidas que poderiam estar em cima da mesa seria a implementação de vales de compras, com o objetivo do país atingir a meta de crescimento económico, previsto para este ano, de 5%.
A agência noticiosa aponta que entre os fatores que têm contribuído para os atuais desafios económicos chineses está a queda, em julho, dos preços das novas habitação, ao ritmo mais rápido em nove anos, ainda o abrandamento da produção industrial, a queda do crescimento das exportações e o aumento do desemprego. A isto acresce um aumento da inflação, a um ritmo superior ao previsto, devido ao “mau tempo e não pelo fortalecimento da procura interna”, e a subida das importações, devido a compras antecipadas de chips antes das esperadas restrições tecnológicas dos Estados Unidos, adiantou a Reuters.
Para o economista para a zona da Ásia do UBP, Carlos Casanova, citado pela Reuters, o atual desempenho económico da China “continua aquém” das metas traçadas, e defendeu que é preciso uma “intervenção política imediata e significativa”. O economista referiu que isso pode exigir que o executivo chinês aumente o défice orçamental para 4%, face aos 3% previstos.
De modo a inverter o atual rumo económico do país, a China tem ponderado várias possibilidades. Entre elas, vales de compras e a antecipação de obrigações.
A Reuters salientou que um conselheiro político, sob anonimato, referiu que a China pode decidir, em outubro, antecipar parte da quota de emissão de obrigações do próximo ano, se o crescimento não mostrar sinais de atingir o seu nível mais baixo no Verão.
A agência noticiosa acrescentou que o aperto nas carteiras dos consumidores levou a que as maiores empresas chinesas do comércio eletrónico tivessem que recorrer a grandes descontos e promoções, com o intuito de atrair compradores.
A China Daily, avançou, baseando-se em três economistas de grupos de reflexão apoiados pelo governo, e face à atual situação económica do país, que o executivo deve considerar um apoio direto adicional aos consumidores de, pelo menos, 139 mil milhões de dólares, quer seja dinheiro ou em vouchers.
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