[weglot_switcher]

China prepara eletrificação total. Elétricos vão ultrapassar combustão em 2025

Este recorde e meta contrasta com o que tem acontecido na Europa e nos Estados Unidos, com estes dois blocos a terem uma adoção lenta desta nova tecnologia na indústria automobilística, a incerteza dos subsídios governamentais e o crescente protecionismo contra a China.
elétricos
26 Dezembro 2024, 13h13

A China está prestes a posicionar-se à frente do Ocidente no que refere os veículos elétricos, uma vez que as perspetivas para o próximo ano mostram que as vendas de elétricos vão ultrapassar as vendas de automóveis a combustão, pela primeira vez.

Noticia o Financial Times que esta é uma “inflexão histórica” por parte da China, posicionando a sua frota anos à frente das economias rivais. No fundo, a China vai atingir a meta 10 anos antes do previsto.

“Eles querem eletrificar tudo. Nenhum país do mundo se aproxima da China”, explica Robert Liew, diretor de investigação renovável da Ásia-Pacífico na Wood Mackenzie. Na visão deste responsável, esta era uma meta que a China vai conseguir implementar com sucesso, em parte devido ao seu desenvolvimento tecnológico doméstico e por ter conseguido assegurar a cadeia de fornecimento de recursos críticos para os automóveis elétricos.

De facto, o texto do Financial Times evidencia um crescimento anual de 20%, onde se incluem os veículos 100% elétricos e híbridos plug-in, e este tipo de mobilidade deverá atingir os 12 milhões de automóveis no próximo ano. Ora, a publicação compara ainda este valor contra os 5,9 milhões de automóveis elétricos vendidos em 2022.

Por sua vez, e para permitir o crescimento sustentável da mobilidade elétrica, os dados consultados pelo Financial Times apontam que as vendas de automóveis a combustão interna recuem mais de 10% em 2025, um número que representa uma quebra de quase 30% face aos 14,8 milhões vendidos em 2022.

Este recorde e meta contrasta com o que tem acontecido na Europa e nos Estados Unidos, com estes dois blocos a terem uma adoção lenta desta nova tecnologia na indústria automobilística, a incerteza dos subsídios governamentais e o crescente protecionismo contra a China.

A publicação cita ainda estudos do UBS, HSBC, Morningstar e Wood Mackenzie, que indicam que as fábricas na China vão produzir dezenas de milhões de automóveis a combustão nos próximos anos, mas não existirá mercado interno para servir, uma vez que os habitantes terão automóveis elétricos. Estes researches sustentam ainda que o rápido crescimento da indústria na China ameaça países como Alemanha, Japão e Estados Unidos.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.