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China vê uso da sua moeda duplicar nas transações comerciais num ano

Tanto o euro quanto o yuan ainda representam uma pequena fração do peso do dólar, que se fixou em 84,3% em fevereiro de 2023.
21 Abril 2023, 09h20

Os últimos números internacionais revelam que o uso do yuan ou renminbi no comércio entre os países duplicou no espaço de um ano. A notícia é avançada pelo “El Economista”.

Dados divulgados pela Swift citados pelo periódico mostram que o yuan agora representa 4,5% de todo o mercado, face a menos de 2% há apenas um ano. Por outro lado, e para contextualizar, o euro representa cerca de 6% das transacções comerciais a nível mundial.

Tanto o euro quanto o yuan, no entanto, ainda representam uma pequena fração do peso do dólar, que se fixou em 84,3% em fevereiro de 2023, ainda assim caiu face ao peso de 86,8% no ano anterior.

Mas o que é certo é que a lista de países que se aproximam da China e utilizam o yuan em vez do dólar multiplicou-se no espaço de um ano.

Há cada vez mais países a querem utilizar uma moeda que não o dólar. O que pode ser o começo do fim da hegemonia do dólar que é consubstanciado pelo petro-dólar.

Muito da ascensão do yuan, dado o timing, “é provável que seja um produto do comércio russo (com a China) a ser feito através de intermediários”, diz ao “Financial Times” (citado pelo “El Economista”) Arthur Kroeber, sócio fundador do grupo de investigação Gavekal Dragonomics, especializado na China.

Mas por enquanto, parece improvável que o dólar perca o seu estatuto no mercado, segundo os analistas citados pelo jornal espanhol.

“Este é um movimento substancial”, diz Mansoor Mohi-uddin. o economista-chefe do Banco de Singapura. É difícil pensar em qualquer outra coisa que possa estar por detrás desta mudança radical, para além do que aconteceu com a guerra na Ucrânia”, disse ao “Financial Times”.

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