[weglot_switcher]

Ciberataques e catástrofes naturais são os maiores riscos para as empresas portuguesas

O Barómetro de Risco Allianz 2025 revela que 57% das empresas portuguesas consideram os incidentes cibernéticos como o maior risco que enfrentam, seguidos pelas catástrofes naturais (51%) e interrupção do negócio (29%).
15 Janeiro 2025, 13h00

Os ciberataques ocupam o primeiro lugar entre os principais riscos para as empresas portuguesas pela terceira vez consecutiva, de acordo com o Barómetro de Risco Allianz 2025. As catástrofes naturais e a interrupção de atividade são outros dos desafios identificados.

Os dados revelados ao Jornal Económico mostram que 57% das empresas portuguesas referiram os incidentes cibernéticos como o maior risco que enfrentam, face a 48% em 2024, “refletindo o aumento dos crimes informáticos, ransomware e a crescente complexidade na proteção das infraestruturas digitais”.

O segundo maior risco são as catástrofes naturais (51%). De acordo com a Allianz, o “aumento na perceção de risco, causado por eventos como incêndios florestais, inundações e tempestades, coloca as catástrofes naturais em segundo lugar, sublinhando o impacto das alterações climáticas no território nacional”. No ano passado, esta percentagem era de 30%.

Entre os maiores desafios, 29% das empresas apontam também para a interrupção do negócio. “A continuidade das operações das empresas continua a ser afetada por problemas nas cadeias de abastecimento e outros fatores operacionais”, de acordo com as conclusões desta análise.

Por outro lado, as alterações climáticas e as mudanças na legislação e regulamentação são riscos referidos por 27% e 20%, respetivamente, dos inquiridos.

O relatório também destaca riscos emergentes, como o impacto das novas tecnologias (14%), que surge pela primeira vez no top 10, e uma crescente preocupação com riscos políticos e violência (10%), como instabilidade global e conflitos.

Os resultados nacionais ficam em linha com aqueles observados a nível global. Os riscos cibernéticos (38%) surgem igualmente em primeiro lugar, seguidos pelas interrupções de negócios (31%) e catástrofes naturais (29%).

“Para muitas empresas, o risco cibernético, exacerbado pelo rápido desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA), é o grande risco que se sobrepõe a tudo o resto. É provável que continue a ser um risco de topo para as organizações no futuro, dada a crescente dependência da tecnologia”, afirma Rishi Baviskar, Global Head of Cyber Risk Consulting da Allianz Commercial. Já as alterações climáticas atingiram um novo pico, subindo do 7º lugar para o 5º lugar neste ranking dos maiores riscos.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.