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Cibersegurança é vital para garantir a continuidade dos negócios

O negócio da segurança está em crescimento acelerado.
20 Outubro 2018, 21h30

O negócio da segurança está em crescimento acelerado. Só em Portugal, segundo Gabriel Coimbra, da IDC, o valor do mercado de segurança deverá crescer cerca de 39% entre 2017 e 2022, passando de um valor de 130 milhões de euros para cerca de 181 milhões. Os serviços de segurança terão um crescimento médio anual de 9%, enquanto o crescimento médio anual (CAGR) de software e o hardware deverá rondar os 7% e 2% respetivamente.

Este crescimento está relacionado, por exemplo, com a quantidade de dados existente que “é dificilmente imaginável” e cujo “crescimento é contínuo”, disse Rita Mourinha da Seresco ao Jornal Económico. Nessa imensidão que é o mundo dos dados, as empresas gastam milhões para tentarem proteger-se dos ataques que chovem em catadupa e que são cada vez mais sofisticados. “Os custos associados às perdas inerentes de acesso (não autorizado) aos dados (ransomware), como à exposição da informação confidencial nos atuais quadros legais do RGPD é incalculável”, explica Aragão Rio, da Dell EMC.

Alvos potenciais são todas as empresas que guardam dados pessoais ou confidenciais, como números de identificação pessoal, palavras-passe e qualquer tipo de informação sensível, mas, um pouco mais na linha da frente devido à especificidade da sua atividade, estão as empresas de comércio eletrónico. “As transações realizadas em sites de comércio eletrónico exigem a troca de dados confidenciais que podem ser comprometidos a qualquer momento se as empresas não tiverem a proteção adequada”, refere Aurélio Duarte, da Amen.pt.

O risco abrange de igual modo, empresas grandes, empresas pequenas e empresas muito pequenas e todas elas deverão encará-lo da mesma forma. “Um dos desafios é que a segurança seja vista como uma prioridade e não como um custo, trazendo oportunidades a novas soluções menos complexas e mais adaptadas às necessidades das organizações”, adianta Sónia Casaca, Business Unit Manager Security da Arrow ECS.

Na linha de prioridades, o importante é encontrar o nível de proteção adequado. Como vinca João Martins, administrador da Cilnet: “conseguirmos definir diferentes níveis de proteção e de acesso à informação”. Os milhões de transações realizadas por minuto em todo o mundo que vão desde uma simples compra, à folha de ordenado de qualquer um de nós, precisam ser validadas. Tal como António Espingardeiro, consultor KCS iT, Ricardo Dinis, Diretor ITS da Agap2IT evidencia a importância do uso de aprendizagem automática (ML), ramo da IA, para a automatização da deteção e resposta de ataques. O uso desta ferramenta “retira esse fardo aos humanos”, sublinha.

Se para João Barreto Fernandes, da S21sec Portugal, a prioridade deve ser a gestão massiva de dados, Adelino Monteiro da Sage considera que a cibersegurança deve adaptar-se. “É crucial arquitetar uma solução de cibersegurança que se adapte dinamicamente à necessária constante mudança”.

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