Em Portugal, cerca de 56% das empresas não utilizam soluções de cibersegurança com capacidade de Inteligência Artificial. “Temos de criar condições para ter segurança para a Inteligência Artificial e Inteligência Artificial para ter segurança”, salientou Luís Rato, no painel que debateu os desafios da cibersegurança na era da inteligência artificial, inserido no Special Report do Jornal Económico que decorre esta terça-feira, 21 de maio, numa unidade hoteleira em Lisboa.
Esta foi uma das conclusões de um estudo da Microsoft Portugal, com o responsável a indicar que 62% das empresas nacionais já utiliza IA e 25% ponderam usar esta ferramenta nos próximos 24 meses.
“Tudo isto também vem trazer um conjunto de desafios”, referiu dando conta de que num outro estudo feito pela Microsoft Portugal sobre a taxa de maturidade das empresas portuguesas sobre a cibersegurança indicou que 185 empresas, 50% já tinham feito investimentos significativos em cibersegurança.
O responsável alertou também para algumas das principais ameaças que acontecem atualmente com o uso da IA. “Hoje em dia bastam três segundos de uma sample para modificar a voz de uma determinada pessoa. É difícil combater isto, implica do ponto de vista de engenharia e indústria de repensar todo este modelo”, sublinhou.
Luís Rato defendeu que as empresas têm a obrigação de ter no seu programa de segurança o treino das pessoas. “Temos de trazer para uma análise mais avançada novas capacidades de identificação de deep fake, num sistema tecnológico mais alargado”.
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