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Cimeira luso-espanhola: António Costa deseja uma Europa mais aberta à política comercial

O primeiro-ministro assinou um contrato de amizade e cooperação com Espanha destacando que este tem “uma dimensão política e geoestratégica de grande importância”.
  • Lusa
28 Outubro 2021, 17h12

O primeiro-ministro, António Costa, quer ter uma Europa com uma política comercial mais aberta a nível mundial. O desejo foi manifestado no final da assinatura do contrato de amizade e cooperação com Espanha esta quinta-feira, 29 de outubro, na localidade espanhola de Trujillo.

“Este contrato tem uma dimensão política e geoestratégica de grande importância e moderniza as nossas relações. Se há países que abriram a porta da Europa ao mundo foi Portugal e Espanha. É importante que a Europa tenha uma política comercial cada vez mais aberta”, referiu António Costa.

O primeiro-ministro recordou o acordo assinado em 2020 na cidade da Guarda para a estratégia de desenvolvimento transfronteiriço entre os dois países e que tem vindo a ser realizada na área rodoviária e ferroviária e que teve um papel importante para os cidadãos que vivem entre um lado e outro da fronteira.

António Costa destacou também a importância do papel dos dois países no combate à crise provocada pela pandemia. “Portugal e Espanha bateram-se arduamente na União Europeia para que a resposta a esta crise fosse de solidariedade e não de austeridade”, realçou.

O primeiro-ministro falou ainda no memorando assinado entre os dois países para trabalharem em conjunto o desenvolvimento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) assente em quatro domínios estratégicos: a fileira do automóvel e a transição para a mobilidade elétrica e conectada, a transição ecológica das energias e de hidrogénio verde, onde será instalado em Cáceres o centro luso espanhol de pesquisa de energias sustentáveis que vai contribuir para a investigação desta área decisiva para o nosso futuro.

A aposta na dimensão das indústrias e atividades associadas ao espaço, com a criação de um projeto de micro satélites lançados por Portugal e Espanha para obter informação de maior qualidade e em tempo real sobre aquilo que é a realidade da terra e partilhar esses dados para ajudar a um melhor ordenamento do território e para uma agricultura mais eficiente e sustentável no futuro.

Costa salientou ainda a vontade de uma grande ambição na capacitação das infraestruturas digitais, através do desenvolvimento de uma rede de investigação na área da inteligência artificial em Espanha e Portugal, a articulação de hubs digitais para fazer da Península Ibérica uma plataforma do empreendedorismo e startups e o desenvolvimento em conjunto de projetos na área da administração pública para a tornar mais acessível ao cidadão.

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