Os hábitos de leitura de notícias dos portugueses estão a adaptar-se à evolução tecnológica: já são mais de cinco milhões os que escolhem a internet para se informar. Este número representa 90% do total de internautas nacionais e é uma das novidades trazidas pela edição de 2016 do estudo “Bareme Internet”, realizado pela empresa portuguesa de estudos de mercado Marktest. As fontes de notícias de eleição são os jornais (70%) e as redes sociais (60%) e além das notícias, destacam-se, no consumo de serviços de informação online, os vídeos (75%), os blogues (30%), a rádio (27%) e a televisão (15,8%).
“Os indicadores são muito positivos. Demonstram que os cidadãos continuam interessados no que se passa no país e no mundo e que o digital tem um papel cada vez mais relevante”, comentou Helena Barbas, directora da área de estudos de meios da Marktest. Os bons resultados relativos ao consumo de conteúdo noticioso advêm de “um grande esforço” dos ‘publishers’ portugueses, “atentos às técnicas mais inovadoras e a todas as tendências internacionais”, garantiu a responsável.
O prémio de popularidade vai, ainda assim, para os serviços de comunicação, com 95% de consumidores regulares – aproximadamente 5,5 milhões de internautas. O email, com uma taxa de utilização de 91%, lidera entre as diferentes ferramentas, seguido pelas aplicações de ‘instant messaging’, com 75%, e pelas chamadas VoIP (Voice over Internet Protocol), com 40%. No segmento de ‘instant messaging’, ou mensagens instantâneas, as três ‘apps’ mais utilizadas são o chat do Facebook, o WhatsApp e o Skype.
Os serviços de entretenimento ocupam a terceira posição no ranking dos mais populares e são usados por 93% dos internautas portugueses. Entre estes, as redes sociais lideram as preferências, com 85%, seguidas pelos serviços de música online, com 64%, e pela marcação de viagens e de alojamento, com 33%. O Facebook é o campeão das redes sociais, com 83% dos acessos (todas as outras redes sociais monitorizadas pela Marktest ficam abaixo dos 10%). Importa destacar, dada a penetração da rede social fundada por Mark Zuckerberg, os números relativos ao consumo de notícias dentro da própria plataforma: 54% da informação é obtida através das páginas dos jornais portugueses, 36% advém das rádios, 34% das revistas e a mesma percentagem dos canais televisivos.
No que diz respeito às formas de utilização, o acesso ‘mobile’ continua em ascensão. Apesar de o computador continuar a ser o meio mais utilizado para aceder à internet (90%), o ‘smartphone’ e o ‘tablet’ já são utilizados por 73% e 42% dos internautas, respectivamente.
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