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CIP, APED e APCC pressionam Governo para aumentar rácio de clientes nas lojas para 10 pessoas por 100 metros quadrados

Estas três associações empresariais apoiam-se num estudo desenvolvido por equipas do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com o Instituto Ricardo Jorge e a ARS – Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que, no seu entender, deixa claro que a frequência de restaurantes, lojas e centros comerciais não parece estar associada a uma maior probabilidade de contrair o novo coronavírus”, citando uma afirmação do documento: “estar exposto a centros comerciais e a restauração é mais frequente entre aqueles que não desenvolveram a infeção”.
  • Sergio Pontoriero/EPA via Lusa
21 Novembro 2020, 19h24

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, e as suas associadas APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição e APCC – Associação Portuguesa de Centros Comerciais estão a pressionar o Governo para aumentar o rácio de pessoas que podem estar numa loja, exigindo que esse linite seja duplicado dos atuais cinco clientes por 100 metros quadrados para 10 pessoas.

“Tendo em conta a reunião do Infarmed desta quinta-feira [19 de novembro], a CIP e as suas associadas, APED e a APCC, vêm mais uma vez chamar a atenção do Governo para a segurança das lojas e espaços comerciais, realidade validada pelas referências científicas dadas a conhecer na referida reunião com especialistas em saúde pública”, destaca um comunicado conjunto destas três associações empresariais.

Segundo esta nota, “o estudo, desenvolvido por equipas do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto e da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, em colaboração com o Instituto Ricardo Jorge e a ARS [Administração Regional de Saúde] Lisboa e Vale do Tejo, deixa claro que a frequência de restaurantes, lojas e centros comerciais não parece estar associada a uma maior probabilidade de contrair o novo coronavírus”, citando uma afirmação do referido estudo: “estar exposto a centros comerciais e a restauração é mais frequente entre aqueles que não desenvolveram a infeção”.

“Há muito que a APED e a APCC vêm dizendo que as lojas e os espaços comerciais são locais seguros onde os consumidores têm confiança. Hoje, o cidadão sabe que pode frequentar as lojas do retalho alimentar e do retalho especializado em segurança. Os consumidores vão fazer as suas compras e abastecer as suas casas com máscara, respeitando as regras de segurança e distanciamento, beneficiando da higienização dos espaços e da monitorização por parte dos lojistas quanto ao cumprimento das regras”, assinala o referido comunicado.

Desta forma, “vem a CIP e as suas associadas apelar mais uma vez ao Governo para alterar o rácio do número de pessoas em loja para 10 pessoas por 100 metros quadrados, à semelhança do que é praticado, por exemplo, em Espanha ou na Alemanha”, criticando o facto de Portugal ter, “neste momento, o rácio de pessoas em loja mais baixo da Europa”.

“Esta alteração permitiria um maior tráfego em loja, com a mesma segurança e com maior possibilidade de terminar com as filas à porta das lojas, assegurando uma maior sustentabilidade às empresas e aos negócios”, advoga o comunicado em questão, sublinhando que “a CIP e as suas associadas APED e a APCC lembram que, sem medidas que equilibrem a proteção da saúde pública e a manutenção da economia, não será possível às empresas manterem os níveis de emprego e sustentabilidade que têm assegurado”.

No entender dos responsáveis destas três associações empresariais, “torna-se assim fundamental dar seguimento a uma medida que do ponto de vista da saúde pública já se confirmou, que em nada a compromete e, pelo contrário, poderá contribuir para evitar a concentração e aglomeração de pessoas, com consequências positivas para a vida dos cidadãos e da sua segurança”.

“As três instituições apelam ainda ao Governo para que, em face do que este setor já sofreu e tendo em consideração as referências supracitadas, não se acrescentem mais medidas que penalizem o retalho, o emprego e as fileiras que este sustenta”, conclui o comunicado em questão.

 

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