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CIP e Nova SBE lançam esta quinta-feira programa que prepara mulheres para CEO

Carla Sequeira, secretária-geral da CIP, explicou ao Jornal Económico que a confederação abraçou este projeto com a ideia de acelerar o processo de diversidade e de mudança nas empresas.
29 Outubro 2020, 07h25

A CIP e a Nova SBE lançam esta quinta-feira, 29 de outubro, a segunda edição do Programa Promova, uma formação executiva dirigida a aspirantes a CEO e líderes de empresas único no país. A formação arrancará no primeiro trimestre de 2021, terminando no final de 2022. As participantes têm até ao final deste ano para se inscreverem.

“A CIP abraçou este projeto com a ideia de acelerar o processo de diversidade e de mudança nas empresas e, em particular, nas lideranças que está com indicadores mais baixos do que aqueles que  gostaríamos”, afirmou Carla Sequeira, secretária-geral da CIP, ao Jornal Económico.

Promova resulta de uma parceria entre a Confederação Empresarial de Portugal e a escola de negócios da Universidade Nova de Lisboa em que o parceiro social desenhou o projeto mas a pedagogia é da universidade. “A CIP está neste projeto para ser um driver de mudança”, salienta a secretária geral da instituição. Pretende-se “identificar e desenvolver talentos femininos com potencial de liderança” e “fomentar a sua promoção a funções de direção e gestão”. Meta? Contribuir “para diminuir o gap da igualdade de género na gestão de topo das empresas”.

Não é o género o que se pretende promover, é, isso, sim, a competência e o talento – afirma Carla Sequeira. “Temos a perspetiva que as empresas comecem a olhar com olhos diferentes para o mercado de talentos, que comecem a escolher as melhores e a ter também em atenção as vantagens competitivas que as mulheres oferecem. Nesta fase em que precisamos de líderes esperamos que os líderes atuais vejam nas mulheres o potencial de liderança que têm e que muitas vezes por questões culturais se esquecem de ver. Por outro lado, também, queremos incentivar as mulheres e aumentar a sua autoconfiança e que vejam, de facto, que podem ter essa função de lugares de ‘C-Level'”.

A formação executiva desenvolve-se ao longo de um ano, num total de 96 horas, e assenta em quatro pilares: formação e atividades de ‘coaching’, ‘mentoring’ e ‘networking’.

“A atividade de ‘networking’ é um dos principais fatores para alavancar as redes de mulheres profissionais e este projeto integra um conjunto de ações dessa natureza que são extremamente importantes”, salienta Carla Sequeira. A responsável da CIP destaca igualmente a “mentoria cruzada”, que oferece grandes vantagens e cumpre um duplo objetivo. Se, por um lado, permite às participantes contactar mais diretamente e mais proximamente com alguém de fora da organização e que possa apoiá-la nas suas dificuldades, pelo outro lado, é uma porta aberta para que a cultura de diversidade se vá introduzindo nas próprias empresas através (seus) líderes que desempenharão o papel de mentores.

A primeira edição do programa foi lançada no início da Covid-19, o que obrigou a reformular as sessões de ‘coaching’, outro elemento diferenciador do programa. As sessões estavam pensadas para ser fisicamente e passaram a online. Apesar do senão, o programa já vai em metade e cumprindo com as expectativas e as metas traçadas. “Até agora cumprimos todos os objetivos programados”, diz Carla Sequeira. Um dos mais importantes era despertar o interesse em 50 empresas – foi alcançado, permitindo selecionar 30 participantes vindas de empresas muito diversas, entre as quais algumas do PSI 20 como a EDP e a Galp.

Esta quinta-feira, Rosa Monteiro, secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, participa, ao lado do presidente da CIP,  António Saraiva, e do dean da Nova SBE, Daniel Traça, na sessão de apresentação da segunda edição do Promova. Na sessão participam também gestoras da Sonae e da EDP que dão testemunho das suas experiências.

 

 

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