Na sequência das negociações para o Orçamento de Estado de 2018, a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) vai sugerir ao Governo que a taxa do IRC reduza de 21% para 19%, segundo avança o presidente da confederação patronal, António Saraiva, em entrevista ao Expresso deste sábado.
“Não podemos com este nível de carga de IRC”, salienta o líder dos patrões que, apesar de reconhecer a importância de desafogar as famílias dos impostos, defende que a reforma do IRC tem de continuar e levar o imposto para os 19%.
O presidente referiu a dívida que o Estado deve às empresas, que aumentou “nos últimos oito a nove meses”, totalizando, atualmente, mil milhões de euros.
Face ao crescimento da economia portuguesa, António Saraiva revela estar surpreendido “pela positiva”, afirmando que o crescimento económico tem beneficiado de taxas de juros, dos preços do petróleo baixos e da estabilidade.
A intenção é que o salário mínimo aumente para os 600 euros em 2019, e o responsável garante que este tema não é razão para “finca-pé” dos patrões, apesar das reduções na Taxa Social Única (TSU) não compensarem o aumento salarial. Por outro lado, possíveis reversões na legislação laboral são a “linha vermelha” para a Confederação.
Contudo, António Saraiva sublinha a necessidade de prestar uma maior atenção às exportações e investimento, ao invés do consumo que, além de aumentar as importações, faz oscilar a balança.
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