O crescimento da economia portuguesa reflete o reforço do consumo privado e o bom desempenho dos setores da indústria, do comércio e da construção. “É importante, contudo, apontar a fragilidade de um crescimento que assenta essencialmente no consumo privado, sobretudo quando este resulta de aumentos pontuais do rendimento disponível”, alerta Rafael Alves Rocha, diretor-geral CIP – Confederação Empresarial de Portugal. O investimento público e privado deverá continuar a aumentar devido à execução do PRR, mas as exportações estão a desacelerar.
O Barómetro de Conjuntura Económica CIP – Confederação Empresarial de Portugal /ISEG antecipa um crescimento de 2,2% da atividade económica portuguesa no terceiro trimestre, em termos homólogos, e de 0,6% em cadeia, confirmando o reforço do ritmo de crescimento observado desde o início do ano. O Índice de Confiança ISEG sublinha a subida do nível de confiança relativamente ao trimestre anterior.
As previsões do barómetro CIP/ISEG são sustentadas pelos dados de atividade disponíveis e apontam para um desempenho positivo da produção industrial, do setor da construção e obras públicas e, sobretudo, do comércio a retalho. O crescimento deverá contar com um maior contributo da procura interna, impulsionado pela evolução muito positiva do consumo privado.
“Apesar de o consumo privado estar a sustentar o crescimento, é importante apontar a fragilidade de um modelo que assenta essencialmente neste fator, sobretudo quando este resulta de aumentos pontuais do rendimento disponível”, afirma Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP. “Pela positiva, destacamos o reforço do investimento público e privado decorrente da execução do PRR, apesar de considerarmos preocupante o agravamento esperado do contributo negativo da procura externa líquida”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com