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CIP publica livro dos 50 anos com prefácio do Presidente da República

“São 50 anos fundamentais da história de Portugal. São 50 anos fundamentais da história da indústria portuguesa, das empresas portuguesas, dos empresários e trabalhadores que afirmaram o setor privado depois daquilo que foi a rutura revolucionária de 1974 até 1989”, refere o Presidente da República no prefácio do livro da CIP.
14 Novembro 2025, 21h30

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, para eternizar os seus 50 anos, lançou o livro “CIP – 50 Anos de Futuro”, que revisita os últimos 50 anos da História de Portugal.

Como refere o atual presidente da Confederação, Armindo Monteiro, “a CIP [fundada por António Vasco de Mello] nasceu no momento histórico mais improvável para um projeto de associativismo empresarial vingar e desenvolver-se. Refiro-me, claro, ao período revolucionário de 1974-75, durante o qual se viveu, no nosso país, um ambiente de profunda hostilidade à iniciativa privada. Em plena efervescência revolucionária, a CIP assumiu-se, com ousadia e coragem, como voz dissonante ao coro gonçalvista e como contrapoder à construção de uma democracia popular e uma economia coletivista”.

“Ao caminharmos para o Futuro é o Passado que conquistamos”. A frase é do poeta poeta António Maria Lisboa e, segundo Armindo Monteiro, sintetiza o espírito da CIP ao olhar para os 50 anos de história que este livro documenta e analisa.

“Mas este livro não é uma mera revisitação do passado”, garante o presidente da instituição considerada “o patrão dos patrões”.

O prefácio é de Marcelo Rebelo de Sousa, que diz que “falar da história da CIP/CEP é falar da história do Portugal contemporâneo e encontrar vários ciclos naquilo que foi uma viragem lenta, complicada e difícil para a democracia”.

“São 50 anos fundamentais da história de Portugal. São 50 anos fundamentais da história da indústria portuguesa, das empresas portuguesas, dos empresários e trabalhadores que afirmaram o setor privado depois daquilo que foi a rutura revolucionária de 1974 até 1989”, refere o Presidente da República.

Preservar a história da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, registar 50 anos de representação da comunidade empresarial em democracia e criar uma nova imagem para as próximas décadas. Foi este o programa da nova logomarca da CIP, do designer Eduardo Aires, e do livro “CIP – 50 Anos de Futuro”, cuja coordenação editorial esteve a cargo de Gonçalo Bordalo Pinheiro, apresentados na cerimónia do cinquentenário da CIP, no passado dia 6 de novembro, com a presença do Governo e do Presidente da República.

“A ideia foi transformar cinco décadas insignes da história empresarial do país, que se entrelaçam com a cronologia da democracia portuguesa, num ponto de partida para o novo ciclo que a CIP vai protagonizar no país”, afirma Rafael Alves Rocha, diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal.

“Hoje a CIP é a maior estrutura associativa empresarial portuguesa, representando mais de 150 mil empresas, cerca de 1,8 milhões de trabalhadores e 71% do PIB português: passou a assumir, por isso, novos papéis como elemento dinamizador e agente de qualificação do tecido empresarial português”.

A nova logomarca criada por Eduardo Aires tem como objetivo fazer a ponte entre as décadas em que a CIP foi o principal interlocutor dos governos na definição das políticas económicas e dos sindicatos na concertação social, com os novos tempos em que está a municiar os empresários nacionais com programas e projetos para aumentar a produtividade das suas empresas.

“Este nome que nasce para representar o setor industrial, constitui a origem, o fundamento histórico e o lugar de memória da instituição”, afirma Eduardo Aires. “Contudo, a confederação evoluiu, ampliando o tecido económico que representa para o comércio e os serviços: hoje a CIP é Confederação Empresarial de Portugal”.

 


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