A CIP – Confederação Empresarial de Portugal, para eternizar os seus 50 anos, lançou o livro “CIP – 50 Anos de Futuro”, que revisita os últimos 50 anos da História de Portugal.
Como refere o atual presidente da Confederação, Armindo Monteiro, “a CIP [fundada por António Vasco de Mello] nasceu no momento histórico mais improvável para um projeto de associativismo empresarial vingar e desenvolver-se. Refiro-me, claro, ao período revolucionário de 1974-75, durante o qual se viveu, no nosso país, um ambiente de profunda hostilidade à iniciativa privada. Em plena efervescência revolucionária, a CIP assumiu-se, com ousadia e coragem, como voz dissonante ao coro gonçalvista e como contrapoder à construção de uma democracia popular e uma economia coletivista”.
“Ao caminharmos para o Futuro é o Passado que conquistamos”. A frase é do poeta poeta António Maria Lisboa e, segundo Armindo Monteiro, sintetiza o espírito da CIP ao olhar para os 50 anos de história que este livro documenta e analisa.
“Mas este livro não é uma mera revisitação do passado”, garante o presidente da instituição considerada “o patrão dos patrões”.
O prefácio é de Marcelo Rebelo de Sousa, que diz que “falar da história da CIP/CEP é falar da história do Portugal contemporâneo e encontrar vários ciclos naquilo que foi uma viragem lenta, complicada e difícil para a democracia”.
“São 50 anos fundamentais da história de Portugal. São 50 anos fundamentais da história da indústria portuguesa, das empresas portuguesas, dos empresários e trabalhadores que afirmaram o setor privado depois daquilo que foi a rutura revolucionária de 1974 até 1989”, refere o Presidente da República.
Preservar a história da CIP – Confederação Empresarial de Portugal, registar 50 anos de representação da comunidade empresarial em democracia e criar uma nova imagem para as próximas décadas. Foi este o programa da nova logomarca da CIP, do designer Eduardo Aires, e do livro “CIP – 50 Anos de Futuro”, cuja coordenação editorial esteve a cargo de Gonçalo Bordalo Pinheiro, apresentados na cerimónia do cinquentenário da CIP, no passado dia 6 de novembro, com a presença do Governo e do Presidente da República.
“A ideia foi transformar cinco décadas insignes da história empresarial do país, que se entrelaçam com a cronologia da democracia portuguesa, num ponto de partida para o novo ciclo que a CIP vai protagonizar no país”, afirma Rafael Alves Rocha, diretor-geral da Confederação Empresarial de Portugal.
“Hoje a CIP é a maior estrutura associativa empresarial portuguesa, representando mais de 150 mil empresas, cerca de 1,8 milhões de trabalhadores e 71% do PIB português: passou a assumir, por isso, novos papéis como elemento dinamizador e agente de qualificação do tecido empresarial português”.
A nova logomarca criada por Eduardo Aires tem como objetivo fazer a ponte entre as décadas em que a CIP foi o principal interlocutor dos governos na definição das políticas económicas e dos sindicatos na concertação social, com os novos tempos em que está a municiar os empresários nacionais com programas e projetos para aumentar a produtividade das suas empresas.
“Este nome que nasce para representar o setor industrial, constitui a origem, o fundamento histórico e o lugar de memória da instituição”, afirma Eduardo Aires. “Contudo, a confederação evoluiu, ampliando o tecido económico que representa para o comércio e os serviços: hoje a CIP é Confederação Empresarial de Portugal”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com