Família Amorim é a mais rica de Portugal e a única portuguesa na lista global da Forbes

Do seu portefólio de investimentos fazem parte a Galp, a Corticeira Amorim, Amorim Luxury, Banco Luso-Brasileiro, herdades e imobiliário.

O grupo Amorim conta com mais de 150 anos de história, tendo iniciado a sua produção manual de rolhas de cortiça numa fábrica em Vila Nova de Gaia. Em 1908, a família Amorim abriu uma nova oficina em Santa Maria de Lamas para alargar a produção.

Foi em 1922 que nasceu a primeira empresa, a Amorim & Irmãos, Lda., que tem como sócios os filhos de António Alves Amorim e Ana Pinto Alves: José, Manuel, Henrique, Américo, Ana, Rosa, António, Joaquim e Bernardina.

Em 1953, a empresa chegou às mãos da terceira geração Amorim, com os irmãos José, António, Américo e Joaquim Ferreira de Amorim na liderança.

O nome Corticeira Amorim surgiu em 1963, com o objetivo de transformar 70% dos desperdícios produzidos pela Amorim & Irmãos, Lda., os derivados da fabricação de rolhas, para possibilitar a produção de um conjunto de novas aplicações de cortiça.

Foi sob a liderança da terceira geração que se deu a verticalização do negócio da cortiça e a internacionalização da atividade.

Em 1966, a empresa expandiu os seus investimentos, adquirindo e criando várias empresas em Portugal e no estrangeiro. Em 1973, a empresa iniciou a produção de cortiça com borracha.

Atualmente, o grupo integra mais de 50 subsidiárias e dez joint-ventures que antecipam tendências de mercado.

Voltando atrás no tempo, nos anos 80, encetou uma ambiciosa diversificação de negócios, atuando em setores emergentes da economia, como o financeiro, o imobiliário, a hotelaria e o turismo, as telecomunicações e as novas tecnologias.

A iniciativa mais audaz de Américo Amorim foi o projeto do primeiro banco comercial privado do pós-25 de abril, o Banco Comercial Português, através do qual se criaram as condições legais e de mercado para outros bancos privados.

A Corticeira, que celebra mais de 30 anos em bolsa, tem uma capitalização bolsista que ascende a 1,11 mil milhões de euros.

Apesar de ser uma parte significativa do património familiar, o maior ativo das quatro mulheres Amorim é a Galp. A empresa de energia é detida pela família através da Amorim Energia, uma joint-venture que controla 36,69% da petrolífera.

O início da Galp remonta a 1846, e a primeira refinaria em Portugal foi inaugurada passados quase 100 anos, em 1940. A Galp Energia formou-se em 1999.

A entrada do grupo Amorim na Galp deu-se em 2005, com o grupo a adquirir uma participação na Galp Energia através da compra de 14,268% da EDP. No ano seguinte, a participação do grupo subiu para 33,34%.

O grupo Américo Amorim foi ainda o segundo maior acionista do Banco Luso-Brasileiro. Contudo, no final do ano passado, o grupo vendeu 16,43 pontos da sua participação de 49,23% ao grupo brasileiro Mônaco.

Fernanda Amorim, viúva de Américo, é a única portuguesa que consta no ranking da Forbes relativo aos maiores multimilionários mundiais, ocupando o 597.º lugar.

Apesar da mãe, Paula é a figura mais mediática da família, uma vez que é a presidente do Conselho de Administração da Galp, cargo que ocupa desde 2016. A filha mais velha de Américo e Fernanda Amorim é vice-presidente da Amorim Investimentos e Participações, SGPS.

Em 2005, a empresária nortenha fundou a própria empresa, a Amorim Fashion, e, cinco anos mais tarde, o grupo Amorim Luxury.

Marta Amorim é um membro não executivo do Conselho de Administração da Galp, é presidente do grupo Américo Amorim e também membro do Conselho de Administração da Amorim Energia.

Luísa, a irmã mais nova, tem seguido o seu percurso no setor dos vinhos e tem engradecido projetos da família neste setor, ocupando o cargo de vice-presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim.