As classes média e baixa detêm a maioria (72%) das apólices de seguros de saúde em Portugal, segundo os dados da Marktesk divulgados esta quarta-feira, 27 de novembro, pelo “Jornal de Notícias” (JN).
Até setembro de 2019, contabilizavam-se 2 milhões e 758 mil portugueses que beneficiavam de apólices, o que corresponde a cerca de 31% da população do país. De acordo com o JN, Faro, Setúbal e Lisboa e Vale do Tejo são as zonas com maior número de pessoas cobertas por seguros de saúde.
“Quem tem mais dinheiro não tem problemas em pagar um especialista no privado (…). Os mais pobres procuram proteção para situações catastróficas, como cirurgias que não pagariam no Serviço Nacional de Saúde [SNS] mas que têm elevados tempos de espera”, explica ao jornal o economista e investigador Miguel Gouveia.
Apesar de serem os “mais pobres” a pagar mais seguros de saúde, a maior parte (60%) está isenta de taxas do SNS, mas opta por ‘fintar’ os tempos de espera nos hospitais públicos.
“Tem havido maior dificuldade em conseguir ter cobertura de médicos de família nas grandes zonas urbanas, caracterizada por esses aspetos (maior poder de compra, maior cobertura de seguro), mas também por maiores oportunidades alternativas de carreira profissional para os médicos”, sublinha ao JN o professor catedrático Pedro Pita Barros.
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