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Clima de negócios na Alemanha volta a cair em setembro

É a quarta queda consecutiva do índice alemão que mede as perspetivas da empresas e a sua opinião sobre a situação atual. “Os principais sectores da indústria alemã estão em dificuldades”, alertam os economistas do Ifo.
Berlim, Alemanha
24 Setembro 2024, 10h40

O ânimo das empresas alemãs já viu melhores dias. O clima de negócios na maior economia da Europa voltou a deteriorar-se em setembro. O índice do Ifo que mede o clima empresarial desceu dos 86,6 pontos em agosto para os 85,4 pontos em setembro, informou esta terça-feira o instituto económico alemão.

Esta é a quarta queda consecutiva do índice e deve-se essencialmente à menor satisfação das empresas da Alemanha com os negócios atuais. Quanto às perspetivas dos empresários alemães para os próximos meses, também continuam a cair motivadas pela pressão crescente da economia alemã.

No segundo trimestre deste ano, o PIB da Alemanha contraiu 0,1%. Na semana passada, o Bundesbank previu que a economia alemã fique estagnada ou caia ligeiramente no terceiro trimestre de 2024 pelas “águas difíceis” em que se move, embora negue uma recessão significativa, ampla e duradoura.

Na indústria, o índice desceu para o nível mais baixo desde junho de 2020. Portanto, desde o primeiro da pandemia de Covid-19 que as empresas não avaliaram tão mal a sua situação atual. “As expectativas eram também muito mais pessimistas. A falta de encomendas agravou-se. Os principais sectores da indústria alemã estão em dificuldades”, alerta o Ifo.

No caso do sector terciário, o dos serviços, em geral o clima empresarial também se deteriorou pela menor satisfação das empresas com a situação atual dos seus negócios. Contudo, o sentimento melhorou em concreto na área do turismo e hotelaria.

Em relação ao retalho, verificou-se mais pessimismo para os próximos meses. “Os retalhistas também avaliaram a sua situação atual de forma ligeiramente pior”, refere o Ifo, acrescentando que, por outro lado, na construção civil, o índice subiu. “Isto deveu-se a expectativas menos pessimistas. No entanto, as empresas estavam um pouco menos satisfeitas com os seus negócios atuais”, clarificou a instituição.

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