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‘Cloud’ pode reduzir emissões de dióxido de carbono em quase 60 milhões de toneladas anuais

O ganho ambiental equivale a retirar 22 milhões de carros das estradas, conclui o estudo da consultora Accenture intitulado “The Green Behind The Cloud”.
4 Dezembro 2020, 16h03

O armazenamento de informação na nuvem gera uma tecnologia mais verde. Esta é principal conclusão de um novo estudo da Accenture, que aponta para uma redição das emissões de dióxido de carbono (CO2) na ordem dos 5,9% com a migração para uma cloud pública. Ou seja quase 60 milhões de toneladas de CO2 por ano, o que equivale a retirar 22 milhões de carros das estradas.

O relatório “The Green Behind The Cloud”, elaborado pela consultora internacional, detalha que há essencialmente três níveis de aspiração na primeira jornada para a sustentabilidade da cloud: migrações estratégicas sem grandes reformulações; aplicação de práticas sustentáveis de engenharia de software e otimização de aplicações para “fabric of the cloud” [computação unificada].

Segundo os especialistas da Accenture, as empresas conseguem criar mais valor através de uma utilização ambientalmente responsável da sua atividade com serviços em cloud, independentemente da fase em que se encontram. Há inclusive uma poupança de até 30-40% no custo total de propriedade da cloud pública, de acordo com a mesma análise.

“As empresas estão a mudar rapidamente para a cloud para estimular a inovação e a economia de custos, mas a sustentabilidade também deve ser vista como um fator principal diferenciador. No entanto, não existe uma abordagem única para a migração sustentável para a cloud. As empresas devem perceber que as decisões tomadas ao nível de engenharia, design e migração, determinarão diretamente o quão sustentáveis são as suas soluções e os benefícios que as mesmas geram”, afirma Rui Barros, managing director de Tecnologia da Accenture Portugal.

No entanto, há variáveis que influenciam essa percentagem ou a quantidade de mais-valias obtidas com este processo: o servidor de cloud selecionado, o nível de ambição para a otimização da cloud e o nível de inovações de sustentabilidade.

“A cloud sustentável pode produzir um duplo efeito para o valor da ação e dos stakeholders, ao reduzir simultaneamente custos e emissões de carbono. Além disso, a magnitude da redução de carbono obtido por meio da migração para a cloud pode ajudar a cumprir os compromissos definidos para as mudanças climáticas e impulsionar novos níveis de inovação, levando a um equilíbrio e a um planeta mais verdes”, destaca Pedro Galhardas, managing director de Estratégia e Consultoria da Accenture Portugal.

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