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Coca-cola retirada das lojas por ameaça de contaminação

Grupo anarquista “Némesis Verde” diz ter injetado cloro e ácido clorídrico em diversos produtos das multinacionais Coca-Cola, Unilever e Nestlé na região de Ática. Produtos foram retirados de circulação.
22 Dezembro 2016, 12h03

O grupo Federação Anarquista Informal anunciou que contaminou bens alimentares das multinacionais Coca-Cola, Unilever e Nestlé na região de Atenas, com ácido clorídrico e cloro.

A ameaça designada por Projeto Némesis Verde – Ato 2, do grupo anarquista, responsável pela explosão da bomba nas instalações do partido neonazi Aurora Dourada, em Atenas, e pela carta armadilhada que se incendiou na triagem postal da capital grega em julho de 2013, comunicou que a comida embalada e os refrigerantes produzidos pelas empresas nomeadas tinham sido retirados das “maiores cadeias de supermercados na zona da grande Atenas” e seriam devolvidos, entre hoje e dia 5 de janeiro, contaminados.

“O objetivo operacional é sabotar as companhias acima mencionadas, obrigando-as a retirar na totalidade os seus produtos durante duas semanas, não envenenar nenhum inocente”.

As multinacionais levaram a sério a ameaça de envenenamento e retiraram os seus produtos das prateleiras das lojas, avançando em comunicado conjunto que, “após consulta com as autoridades competentes”, decidiram tomar medidas que visassem a “remoção preventiva” de vários produtos “de todos os pontos de venda de Ática”, região onde fica Atenas.

Entre esses produtos estão o molho de Salada Caesar da Hellmann”s, o ice tea da Nestea, a Coca-Cola Light, o molho de tomate da Heinz e outras bebidas, onde se inclui o leite.

A Delta, apesar de não fazer parte do aviso, tomou as mesmas medidas que as restantes multinacionais.

A Autoridade Alimentar Grega adiantou ontem que estava a trabalhar em conjunto com a polícia para garantir a proteção dos consumidores, afirmando que “esta ameaça não se materializará”, salientando as consequências financeiras das empresas envolvidas na ameaça.

O Projeto Némesis Verde já tinha tentado uma manobra semelhante em 2014, justificando os seus atos com uma mensagem publicada online.

“Na China, a Coca-Cola coopera com o regime e lucra com o trabalho forçado, no qual são usados detidos que são obrigados a trabalhar dentro da prisão. Além disso, é uma das 12 maiores empresas poluentes no país no que diz respeito ao ambiente”, defendiam, explicando como podiam adulterar uma garrafa de Coca-Cola sem a abrir.

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