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Cofina anuncia acordo com Prisa para compra da TVI

A Cofina anunciou que chegou a acordo para comprar a Media Capital. A empresa de Paulo Fernandes valoriza a dona da TVI em 255 milhões de euros, oferecendo 180 milhões para comprar 100% da empresa, assumindo também a dívida de 80 milhões de euros.
Presidente Executivo da Cofina, Paulo Fernandes
21 Setembro 2019, 09h09

A Cofina e a Media Capital anunciaram o acordo de compra da TVI, segundo comunicado enviado à CMVM pela Cofina este sábado. O acordo ficou fechado na sexta-feira, 20 de setembro.

O acordo valoriza a dona da TVI e da Rádio Comercial em 255 milhões de euros, de acordo com um comunicado da Cofina.

A empresa dona do Correio da Manhã, CMTV, e Jornal de Negócios anunciou o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para adquirir as ações não controladas pela Vertix, que detem 94,69% dos direitos da voto da Media Capital.

Para comprar os quatro milhões de ações que a Prisa não controla, a Cofina oferece 2,3336 euros por ação, num valor total de 10,467 milhões de euros. Para comprar os 94% de ações controladas pela Prisa, a Cofina oferece um valor de 2,1322 euros: num valor total de 170,6 milhões de euros.

O valor de 255 milhões de euros inclui a oferta da Cofina pela Media Capital, menos a dívida da empresa que atingia os 80 milhões de euros no final do primeiro semestre de 2019.

De acordo com o comunicado da Confina, a conclusão da operação de compra e venda encontra-se sujeita a várias condições: a não oposição da Autoridade da Concorrência; autorização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC); aprovação pela assembleia-geral da Prisa do contrato de compra e venda; aprovação da venda pelos credores da Prisa; aprovação do aumento de capital da Cofina para financiar esta operação.

A Cofina diz  no comunicado à CMVM que a compra da Media Capital “integra-se na estratégia de consolidação dos media no plano global, mantendo-se no essencial a atividade destas sociedades e das sociedades que com estes estejam em relação de domínio ou grupo, permitindo potenciar o investimento na expansão digital, o lançamento de serviços inovadores e a promoção e desenvolvimento de conteúdos produzidos em Portugal, mantendo-se a [Media Capital] como um ativo com identidade portuguesa”.

A empresa liderada por Paulo Fernandes diz que já tem assegurado o financiamento à operação. “Caso a aquisição da referida participação venha a ser positivamente apreciada pelos reguladores, o seu financiamento está assegurado através de crédito bancário já aprovado e da realização de um aumento de capital”, segundo comunicado.

“Excluindo a percentagem do capital em free-float, o aumento de capital está garantido em mais de 50% pelos atuais acionistas de referência, sendo, no entanto, possível que entrem novos investidores com posições qualificadas”, de acordo com a Cofina.

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