A possível entrada de Cristiano Ronaldo como acionista da Cofina Media, notícia avançada pelo Jornal Económico na passada sexta-feira, poderá ser um ponto de viragem para a carreira de empresário daquele que é considerado o maior futebolista português de todos os tempos. O jogador está a pensar na vida pós-futebol e está a sediar todos os seus negócios em Portugal, com o investimento previsto na Cofina Média – na ordem das dezenas de milhões de euros – a ser um dos mais significativos no seu portfólio.
Tal como o Jornal Económico avançou, o futebolista está em negociações avançadas para ser acionista de 20 a 30% do capital da Cofina Media no âmbito do Management Buy Out (MBO) conduzido pelo administrador executivo Luís Santana. A Livrefluxo, de Domingos Matos, acionista fundador da Cofina, que detém 12% da empresa, poderá ser também um dos investidores, tal como disse o administrador da empresa, Mário Leite da Silva, em entrevista ao JE.
O grupo de comunicação que detém títulos como o diário “Correio da Manhã”, o “Jornal de Negócios”, a revista “Sábado” e o canal “CMTV” viu a negociação das ações ser suspensa na sexta-feira na sequência de notícias a propósito da entrada de Cristiano Ronaldo na operação de MBO à Cofina Media, no momento em que estes títulos valorizavam 16%.
Nessa sequência, a Cofina esclareceu a CMVM de que a 27 e 28 de junho teria recebido uma “oferta vinculativa e uma oferta vinculativa revista, respetivamente, para a aquisição da totalidade das ações representativas do capital da Cofina Media.
Primeiro dia do resto da vida empresarial de CR7
Apesar de ter assumido desde cedo uma propensão para os negócios, o JE sabe, de acordo com fontes próximas ao processo, que a entrada no capital da Cofina Media representa uma mudança importante na natureza empresarial do “investidor” Cristiano Ronaldo.
Apesar de ter um património empresarial bem desenvolvido em áreas tão díspares como o turismo, imobiliário, moda, no sector financeiro mas também na estética e mais recentemente nas águas, a chegada com goleador português ao universo dos media pode também significar uma maior proximidade de Cristiano Ronaldo com o país que o viu nascer.
Cristiano Ronaldo (que tem contrato com o clube saudita Al Nassr até 2025 e que planeia ainda estar no Europeu de futebol em 2024) está a equacionar estabelecer-se em definitivo em Portugal e já está a fazer planos para quando terminar a carreira. Assim, o futebolista vai querer acompanhar de perto a sua posição acionista num dos grupos de media mais significativos do país.
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