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Colapso do BES: “Cinco anos volvidos após ter sido desvendada a maior fraude e pirâmide financeira da nossa história, ninguém foi preso ou sequer julgado”

Álvaro Santos Pereira foi bastante crítico da atuação da justiça e dos partidos políticos, defendendo que a grande dimensão do processo está a ser um obstáculo para que se faça justiça. “Em parte, a lentidão deve-se à dimensão do processo. Mas, por que não fazer como noutros países, dividindo os mega processos por áreas?”, defendeu.
4 Agosto 2019, 15h39

Álvaro Santos Pereira critica que cinco anos depois da queda do Banco Espírito Santo (BES) ainda ninguém enfrentou as consequências deste colapso em tribunal. O ex-ministro da Economia celebrou esta efeméride nas redes sociais com várias críticas tanto à justiça portuguesa como aos partidos políticos.

“Cinco anos volvidos após ter sido desvendada a maior fraude e pirâmide financeira da nossa história, ninguém foi preso ou sequer julgado. Perante isto, como é que a nossa justiça pretende permanecer credível aos olhos dos cidadãos? Por que é que os partidos não fizeram mais?”, escreveu o antigo ministro no Twitter.

O atual diretor no departamento de economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), defendeu que o megaprocesso da queda do BES deveria ser dividido de forma a permitir o avanço do processo.

“Em parte, a lentidão deve-se à dimensão do processo. Mas, por que não fazer como noutros países, dividindo os mega processos por áreas? Se houve fraude fiscal, que se julguem (e prendam) as pessoas nessa base. As demais acusações (mais complicadas) poderão ser julgadas depois”, prosseguiu o ex-ministro da Economia do Governo de Passos Coelho.

Cinco anos após a resolução do BES, o não-avançar do processo está a minar a credibilidade da justiça e da democracia, criticou Santos Pereira. “O que não é de todo aceitável é a impunidade vigente. O que não se pode aceitar é manter-se tudo no limbo judicial actual. Um limbo que mina a credibilidade da justiça e da própria democracia”.

 

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