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“Colocar Portugal no mapa torna-se difícil”, diz CEO da Pfizer

Responsável nacional da farmacêutica aponta o dedo a demoras na aprovação de medicamentos e contribuição extraordinária, a par da demora do Estado a pagar aos fornecedores.
9 Outubro 2024, 15h11

O presidente-executivo da Pfizer Portugal disse hoje que é difícil atrair investimento da farmacêutica norte-americana para Portugal perante várias barreiras regulatórias e burocráticas que o país enfrenta.

“Portugal compara sempre mal, tem sempre ficado mal na fotografia”, começou por dizer Paulo Teixeira esta quarta-feira, acrescentando que é difícil “defender e demonstrar” na sede da empresa que “faz sentido mais investimento” em Portugal.

“Demoramos 700 dias a trazer medicamentos para o mercado, pagamos contribuição extraordinária sobre tudo o que vendemos. Colocar Portugal no mapa torna-se difícil”, afirmou na conferência do 8ª aniversário do Jornal Económico com o tema Oito chaves para pensar Portugal que decorreu hoje em Carcavelos.

Sobre os atrasos no pagamento do sector público aos fornecedores, o responsável apontou que “apesar de tarde, o Estado paga”, salientando que o país compara melhor face a outros países europeus, como a Grécia.

O Estado português tem uma dívida total de 700 milhões de euros à indústria farmacêutica, com a dívida vencida a atingir os 400 milhões, com o prazo médio de recebimento a ser de 200 dias em média, segundo os valores apresentados pelo gestor.

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