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Com ou sem acordo, pouco importa. Brexit vai mesmo empurrar o Reino Unido para uma recessão, estima ‘think tank’

O Instituto Nacional de Investigação Económica e Social britânico revelou que o Brexit terá consequências nocivas para a economia britânica, independentemente de ser um Brexit duro ou um Brexit suave. Mas, o PIB britânico será 5% mais baixo no caso de um Brexit duro.
22 Julho 2019, 19h25

O Instituto Nacional de Investigação Económica e Social (da sigla inglesa, Niesr) elencou algumas consequências para a economia britânica devido ao Brexit. Segundo este think tank – que diz ser o mais antigo centro de investigação independente do Reino Unido, fundado em 1938 – a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) marcada para outubro poderá empurrar o país para uma recessão. Mas não só.

O instituto aponta que existe 25% de probabilidades que a economia do Reino Unido já esteja a contrair, noticia o jornal espanhol, El Economista. Mas, no caso de um Brexit sem acordo se tornar numa realidade, o Niesr alerta para a possibilidade de uma recessão “severa”.

Independentemente de uma saída sem acordo, o think tank britânico refere que, até no caso de uma saída da UE ordenada, a economia britânica deverá estagnar, com um crescimento anémico de 1%, em 2019 e em 2020. Ao mesmo tempo, os preços deverão subir, uma vez que o Niesr antecipa uma inflação em torno dos 4,1%, enquanto a libra deprecia à volta de 10%.

Assim, no curto-prazo, o Niesr espera uma reação por parte do Banco de Inglaterra e um pacote de incentivos fiscais no caso de um Brexit duro. No longo-prazo, o think tank antecipa que um Brexit duro terá consequências económicas mais graves do que um Brexit mais suave. O PIB britânico deverá ser 5% mais baixo no caso de um Brexit duro por comparação com um Brexit suave.

Esta terça-feira, dia 23 de julho, será conhecido o sucessor de Theresa May, que se demitiu do cargo de primeira-ministra. Em disputa estão os dois conservadores Boris Johnson e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt.

Durante a campanha para o referendo sobre o Brexit, em 2016, Boris Johnson foi um dos rostos para o ‘sair’, que acabou por singrar no escrutínio público, dando início ao processo de saída do Reino Unido da UE. Boris Johnson é visto como o favorito para se tornar no novo primeiro-ministro britânico e já se comprometeu a retirar o Reino Unido da UE em outubro, com ou sem acordo.

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