[weglot_switcher]

Comediante russo finge ser António Guterres e engana presidente da Polónia

No passado, os comediantes russos  Vladimir Kuznetsov e Alexei Stolyarov também já telefonaram a Emmanuel Macron, Boris Johnson e ao príncipe Harry. Os direitos LGBT foram um dos temas em questão na chamada.
16 Julho 2020, 14h29

Os serviços de segurança da Polónia revelaram que dois comediantes russos, que fingiam ser o secretário-geral da ONU, António Guterres, telefonaram ao presidente Andrzej Duda, avançou o portal The First News, que pertence à agência noticiosa polaca PAP.

A autenticidade da gravação foi confirmada pelo chefe de imprensa do Gabinete do Presidente, Marcin Kedryna. Os comediantes russos  Vladimir Kuznetsov e Alexei Stolyarov, publicaram, no Youtube, a gravação do telefonema de 11 minutos, na terça-feira, 14 de julho, um dia após Andrzej Duda ter sido reeleito presidente da Polónia.

Na gravação, Vladimir Kuznetsov finge ser o secretário-geral da ONU a telefonar para dar os parabéns a Andrzej Duda pela reeleição. O comediante russo fez várias perguntas a Duda para tentar obter opiniões controversas do presidente, mas com pouco sucesso. As questões polémicas incluem monumentos do Exército Vermelho da Polónia, disputas históricas, direitos LGBT e até uma sugestão de anexar a Polónia à cidade de Lviv, na Ucrânia.

Andrzej Duda reforçou “a boa relação da Polónia com a Ucrânia”, mas apontou que “os ucranianos podem ser a fonte de coronavírus na Polónia”.

Entre os tópicos discutidos constaram ainda, Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro polonês, um crítico das ideia defendidas por Andrzej Duda. Durante o telefonema, Vladimir Kuznetsov chegou ainda a sugerir que o principal rival de Duda nas eleições presidenciais, Rafal Trzaskowski, garantiu a Guterres que fora ele quem vencera a votação e como tal tinha pedido ao secretário-geral da ONU que lhe desse os parabéns por isso.

O presidente polaco não foi a primeira “vítima” da dupla de comediantes, que já telefonou a Emmanuel Macron, Boris Johnson, aos senadores norte-americanos John McCain e Lindsey Graham, Elton John, ao príncipe Harry, o chefe da Otan Jens Stoltenberg e ao ex-presidente ucraniano Petro Poroshenko. .

 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.