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Comércio eletrónico vale mais de 600 mil milhões de euros na Europa

O e-commerce tem maior expressão na Europa Ocidental “com aproximadamente 68% do total do volume de negócios”, refere ainda o estudo, que adianta que “isto pode ser explicado por diversos fatores como a elevada penetração da Internet, o elevado nível de confiança dos consumidores e a familiaridade com as compras online”.
25 Setembro 2018, 09h46

O comércio eletrónico europeu vale 602 mil milhões de euros e deverá crescer 13% este ano, face a 2017, segundo o relatório European B2C Ecommerce Report 2018, citado por uma análise do Porto Business School (PBS), que avaliou as tendências do e-commerce. Neste setor, os três principais players são o Aliexpress, a Amazon e o eBay.

O e-commerce tem maior expressão na Europa Ocidental “com aproximadamente 68% do total do volume de negócios”, refere ainda o estudo, que adianta que “isto pode ser explicado por diversos fatores como a elevada penetração da Internet, o elevado nível de confiança dos consumidores e a familiaridade com as compras online”.

O sul, o norte e o leste da Europa têm uma participação menor de 12%, 8% e 6%, respetivamente; no entanto, são regiões que registam o crescimento mais rápido – só no ano passado, a Roménia cresceu 37%.

O Reino Unido continua a ser o maior mercado de e-commerce (representa 178 mil milhões de euros e regista também o valor mais elevado no que diz respeito ao volume de negócios do e-commerce/PIB, com uma taxa prevista de 8% para 2018), seguido da França ( 93,2 mil milhões de euros) e da Alemanha (93 mil milhões de euros), revela o relatório europeu que avaliou as tendências do e-commerce.

“A Alemanha, o Luxemburgo, a Holanda e a Suécia destacam-se entre os países europeus com melhor desempenho na logística e integração do e-commerce, de acordo com o Índice de Desempenho Logístico do Banco Mundial”, citado pela PBS.

A maioria dos consumidores gasta, em média, entre 100 e 499 euros em compras online. “Os produtos mais comprados são roupas e artigos desportivos, seguidos de produtos relacionados com media e software de computadores, viagens e alojamento de férias.

Cerca de 38% dos consumidores compraram fora do país em 2017, “com os portugueses e os macedónios a apresentarem uma maior propensão para a compra online com uma taxa de 85%, contrastando com outros países como a Turquia (2%), a Roménia (3%) e a Polónia (6%). Entre as principais reclamações dos consumidores estão a velocidade de entrega (17%) e as falhas técnicas (13%)”.

Na opinião de Christian Verschueren, diretor-geral da EuroCommerce, citado pelo estudo da PBS, os dados mostram como o crescimento das vendas online está a impulsionar e a responder às mudanças de comportamento de compra do consumidor. “Nos mercados em que essa tendência ainda é lenta, podem ser feitos progressos se houver um maior investimento na infraestrutura logística e de comunicações, para que o e-commerce possa funcionar efetivamente e prosperar. Continuaremos a fazer pressão para que exista um regime regulatório que crie as condições adequadas para o crescimento em todos os canais de vendas e ajude a União Europeia a competir globalmente na inovação no retalho”, pode ler-se no relatório.

A EuroCommerce é a principal organização europeia do setor, que representa mais de seis milhões de empresas de retalho, vendas e outras empresas de comércio, incluindo federações nacionais de comércio em 31 países e as 27 principais empresas de retalho da Europa.

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