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Comércio internacional continua a cair em maio na UE e Zona Euro, avança Eurostat

Trocas comerciais dentro da Zona Euro e desta com o resto do mundo continuam a cair. Setores mais afetados são a energia e a produção automóvel.
16 Julho 2020, 13h21

O impacto da pandemia de covid-19 continua a fazer-se sentir no comércio internacional na Zona Euro e na UE como um todo, reporta o Eurostat. As exportações e importações do conjunto dos países da moeda única com o resto do mundo desceram 29,5% e 26,7%, respetivamente, face ao período homólogo do ano passado, fixando-se nos 143,3 mil milhões de euros exportados e 133,9 mil milhões de euros importados. Estes valores resultam num superavit comercial de 9,4 mil milhões de euros, que contrasta com os 20,7 mil milhões registados em maio de 2019. Também o comércio entre membros da zona euro caiu 27,9% em termos homólogos, ficando-se pelos 125,3 mil milhões de euros.

Estes resultados mantêm a tendência de queda dos indicadores de trocas comerciais internacionais, que haviam caído desde o início da pandemia, como resultado das medidas de confinamento adotadas na generalidade dos países europeus. Segundo o relatório do Eurostat, Portugal regista a quarta queda mais elevada da zona euro tanto nas exportações, como nas importações. Os resultados estão em linha com os valores apresentados pelo INE, que apontavam para quebras de 39% e 40,2%, respetivamente, quando comparados com maio de 2019.

Apenas Chipre e Eslovénia viram as suas exportações aumentar em maio deste ano quando comparando com o mesmo período do ano passado, com aumentos de 0,6% e 1,4%, respetivamente. As maiores quedas verificaram-se em França (-47,4%), Grécia (-46,5%) e Roménia (-44,6%). Nas importações o cenário é semelhante: apenas dois países registaram variações positivas (Malta e Luxemburgo, que registaram aumentos de 36,7% e 12,8%, respetivamente), sendo as maiores quedas observaram-se na Grécia (-53%), Lituânia (-49,3%) e Chipre (-48,6%).

As trocas da Zona Euro com o exterior também caíram, com as exportações a encolherem 29,7% e as importações 26,2%, comparando com maio de 2019, acompanhando a tendência de queda que, desde janeiro, havia contraído ambos os indicadores em 12,9% e 12,7%, respetivamente. Dos principais parceiros comerciais da EU, o Reino Unido e a Índia foram os que mais caíram, tanto nas importações, como nas exportações, tendo os indianos adquirido menos 28% das exportações europeias entre janeiro e maio deste ano e os britânicos menos 22,2%, enquanto que as importações europeias também diminuíram 21,3% no caso da Índia e 16,9% no caso do Reino Unido. Rússia (-32,4%) e Noruega (-19,4%) também verificaram quedas consideráveis no volume de bens adquiridos por países da UE.

Os setores das economias europeias que mais têm abrandado o nível de exportações para o resto do mundo são a maquinaria e veículos (-20%) e a energia (-36,4%), que tem sido também o sector onde as importações mais caíram (-34,3%).

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