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“Comigo não haverá bloco central”, garante José Luís Carneiro

O candidato à liderança do Parido Socialista deixou claro que não vai governar conjuntamente com o PSD. Ainda assim, sublinha a intenção de estabelecer acordos com os “partidos democráticos”, tanto à esquerda como no centro-direita.
Cristina Bernardo
28 Novembro 2023, 22h41

José Luís Carneiro quer liderar o Partido Socialista e tem em mente fazer, após as eleições legislativas, acordos de incidência parlamentar, não apenas com os partidos à esquerda do PS, mas também com o PSD, por forma a pôr em prática reformas para o país. Ainda assim, deixou a garantia de que, com ele,  “não haverá bloco central”, da mesma forma que rejeita pensar, nesta altura, numa nova geringonça.

Em entrevista à SIC e à SIC Notícias, o candidato a secretário-geral do PS e atual ministro da Administração Interna foi questionado sobre a possibilidade de estabelecer acordos com os partidos à esquerda. Disse, porém, que abordar o tema neste momento seria “diminuir” a campanha eleitoral, mas pouco depois referiu que o propósito de encontrar soluções para formar governo será formado “preferencialmente” com a esquerda.

Nesse sentido, candidata-se à liderança do PS com o propósito, sublinha de ir a eleições legislativas e vencer. Para tal, tem em vista ideias como a “valorização” do Estado Social e do investimento público, assim como da saúde pública e da Administração Pública.

Sobre a temática da privatização da TAP, mostra-se favorável e sublinha a importân0cia de que no caderno de encargos seja salvaguardado “o interesse do país”. Tal consiste, de acordo com José Luís Carneiro, em manter o hub de Lisboa, assim como manter a vertente de coesão territorial permitida pela transportadora aérea.

Ainda no sector da aviação, mas no que respeita ao novo aeroporto, pede que se aguarde “pelo estudo que está previsto ser conhecido no dia 5 de dezembro” para depois se analisar as conclusões e posteriormente estabelecer acordos com o PSD e “desejavelmente outros partidos democráticos”, tendo em vista a escolha de um local para que seja erguida aquela obra pública.

O ministro do Governo ainda em funções referiu que, na formação de um novo executivo, “os portugueses querem previsibilidade, governabilidade e confiança nas instituições”. Para tal, “é preciso alguém que seja capaz de construir pontes” entre o PS e os restantes partidos, “que partem de pontos” diferentes. Ora, o próprio reitera que tem a capacidade para, neste contexto, estabelecer entendimentos com os “partidos democráticos”.

De recordar que as eleições internas do PS estão agendadas para 15 e 16 de dezembro, ao passo que as legislativas vão realizar-se no dia 10 de março de 2024.

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