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Comissão Europeia quer eletrodomésticos que durem mais tempo

Frigoríficos, máquinas de lavar louça e roupa, televisões e monitores, fontes de alimentação, motores elétricos, frigoríficos de venda ao público, transformadores e máquinas de soldar são os produtos que a partir de 2021 terão que estar no mercado com as novas regras.
1 Outubro 2019, 14h41

A Comissão Europeia adotou hoje regras para tornar os eletrodomésticos mais fáceis de reparar, reciclar, com menos consumo de energia para prolongar a sua vida útil, apontando poupanças nas emissões de gases poluentes.

Frigoríficos, máquinas de lavar louça e roupa, televisões e monitores, fontes de alimentação, motores elétricos, frigoríficos de venda ao público, transformadores e máquinas de soldar são os produtos que a partir de 2021 terão que estar no mercado com as novas regras.

Entre elas, a garantia de haver peças de substituição durante prazos mínimos de sete a 10 anos após a compra, de poderem ser entregues com rapidez e de poderem ser montadas sem a necessidade de ferramentas especiais ou sem o risco de danificar o equipamento durante a reparação.

Os fabricantes terão também que garantir manuais de reparação para profissionais e para consumidores.

No caso de máquinas de lavar e secar roupa, deverão consumir menos 711 milhões de metros cúbicos por ano até 2030.

A diretora da Associação de Consumidores Europeia, Monique Goyens, comentou que é essencial abandonar a “cultura do deitar fora”, que acaba com os recursos naturais e esvazia os bolsos dos consumidores”.

O responsável pela pasta do Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade europeu, Jyrki Katainen, afirmou que as medidas “podem poupar aos lares europeus uma média de 150 euros por ano e contribuir para uma poupança de energia equivalente ao consumo total anual da Dinamarca em 2030”.

Essa poupança evitará a emissão para atmosfera de 46 milhões de toneladas de gases como dióxido de carbono, um contributo para “uma União Europeia completamente descarbonizada em 2050”.

O diretor da associação europeia da indústria dos eletrodomésticos, Paolo Falcioni, destacou que é preciso que “as autoridades supervisoras do mercado tenham recursos suficientes e coordenação para enfrentar novas dificuldades em verificar o cumprimento da lei”.

Estas medidas vêm juntar-se às novas regras adotadas em março deste ano para as etiquetas de eficiência energética dos produtos, que se espera consigam até 2020 uma poupança de 150 milhões de toneladas de petróleo – o equivalente ao consumo de energia primário de Itália – e de 285 euros por ano aos consumidores.

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