A Comissão Europeia recusou explicar aos investidores do Banco Popular a medida de resolução que levou á venda do banco, alegando que a decisão protege o banco comprador e o sistema financeiro da União Europeia, noticia o jornal Expansión.
O jornal espanhol afirma que teve a acesso a um documento em que Bruxelas se recusa a fornecer a informação solicitada pelas pessoas afectadas, com a justificação de “não prejudicar os interesses comerciais do Santander” e “proteger a estabilidade financeira da zona do euro”.
Os investidores pediram acesso a um relatório da Deloitte, ao relatório completo do Banco Central Europeu (BCE), à decisão do conselho de resolução único (JUR) e de um relatório sobre os ativos da JUR, adianta o jornal.
“A publicação desses documentos pode prejudicar os interesses comerciais do Santander e os seus acionistas. Os dados financeiros acima mencionados, em particular, a informação sobre a posição do Popular no mercado, bem como informações sobre seus ativos e passivos, constituem informações financeiras cuja divulgação é sensível. A divulgação desta informação neste momento poderia prejudicar a proteção dos legítimos interesses comerciais do Santander em relação à sua posição competitiva no mercado bancário”, diz um documento da Direção Geral de Estabilidade Financeira, Serviços Financeiros e Mercados de Capitais da União Europeia, assinado por Olivier Guersent.
Além disso, “a publicação destes textos completos no presente momento pode prejudicar a proteção do interesse público no que diz respeito à política financeira e económica da UE. Os documentos em causa contêm dados financeiros muito sensíveis e a sua divulgação poderia conduzir a reacções adversas do mercado, comprometendo a estabilidade financeira da União”.
“A sua divulgação pública poderia ter efeitos indirectos que afectariam a situação financeira de outras instituições de crédito da União”, considera.
A sociedade de advogados que viu negado o pedido de informações sobre a resolução do banco, vai pedir a reconsideração de decisão da Comissão Europeia e, se necessário, afirma que apelará da decisão Tribunal de Justiça da UE.
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