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Comité Européen des Entreprises Vins pede a Bruxelas a adoção do texto legal do acordo comercial UE-Mercosul

O CEEV apela à Comissão Europeia para que adote, sem demora, o texto legal do acordo UE-Mercosul e avance com o processo de ratificação no Conselho e no Parlamento Europeu.
1 Julho 2025, 13h47

O Comité Européen des Entreprises Vins (CEEV), de que a ACIBEV (Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal) é membro, apela à Comissão Europeia a adotar, sem demora, o texto legal do acordo comercial UE-Mercosul e a iniciar o processo de ratificação. A Assembleia Geral do CEEV reúne em Lisboa, esta terça-feira, dia 1 de julho, por ocasião dos 50 anos da ACIBEV.

Marzia Varvaglione, Presidente do CEEV, diz que “o setor vitivinícola global enfrenta tempos críticos, nomeadamente um declínio estrutural e prolongado do consumo de vinho, particularmente nos mercados tradicionais. Este acordo representa uma verdadeira oportunidade para as empresas Vitivinícolas da UE e pode desempenhar um papel crucial na diversificação das nossas exportações”.

“Para garantir a nossa sustentabilidade económica a longo prazo, precisamos de abrir novas oportunidades comerciais e atrair novos consumidores de vinho, especialmente no Brasil”, acrescenta.

“Precisamos deste acordo, e é tempo de a Comissão adotar o texto legal”, sublinha a Presidente do CEEV.

“O CEEV e os seus membros apoiam fortemente o acordo, que irá melhorar significativamente o acesso aos mercados do Mercosul, através da redução de tarifas, simplificação de procedimentos de importação e proteção das Indicações Geográficas (IG) europeias”, revela a ACIBEV que defende que “o acordo traz benefícios claros e não apresenta riscos para os produtores de vinho da UE. Os receios de que o vinho do Mercosul vai inundar o mercado europeu são infundados e irrealistas”.

Ignacio Sánchez Recarte, Secretário-Geral do CEEV, diz que “a taxa de 27% imposta pelo Brasil, é um grande entrave à competitividade e ao crescimento das nossas empresas — um entrave que será eliminado através do novo acordo”.

“Mas este acordo representa mais do que apenas acesso ao mercado, é também uma oportunidade geoestratégica para nós. Com ele, podemos criar uma parceria estável e duradoura baseada em princípios vitivinícolas comuns: um sistema de IG protegido e práticas enológicas harmonizadas”, acrescentou.

“Continuaremos a defender ativamente a ratificação deste acordo. Não podemos perder esta oportunidade”, assegura o Secretário-Geral do CEEV.

O Comité Européen des Entreprises Vins representa as empresas vitivinícolas da indústria e comércio na União Europeia: vinhos tranquilos, vinhos aromatizados, vinhos espumantes, vinhos licorosos e outros produtos da vinha e reúne 25 organizações nacionais e os seus membros produzem e comercializam a grande maioria dos vinhos europeus de qualidade, com e sem indicação geográfica, e representam mais de 90% das exportações europeias de vinho.

Em Portugal, a ACIBEV  é a associação empresarial que representa uma parte significativa do volume de negócios do setor – produção, distribuição e comércio de vinho e bebidas espirituosas, bem como vinagres e destilação de produtos vínicos.

Os seus associados têm um volume de negócios anual de mais de oitocentos e catorze milhões de euros, 60% dos quais gerados através da exportação, contribuindo assim para o equilíbrio da balança comercial portuguesa.

Entre os seus associados encontram-se a maioria das empresas exportadoras nacionais, as empresas líderes em diversas regiões demarcadas e as empresas criadoras de marcas que aportam valor aos vinhos portugueses.

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