Uma aquisição hostil do alemão Commerzbank por parte do UniCredit ameaça dois terços dos postos de trabalho do banco germânico. O alerta foi deixado por um membro do conselho de administração do Commerzbank.
“Esperamos que o consigamos evitar”, disse Stefan Wittmann, que também faz parte do sindicato Verdi, à “CNBC”, abordando uma aquisição hostil por parte do italiano UniCredit, que já se tornou o acionista maioritário do Commerzbank ao adquirir 21% da participação do banco.
Segundo nota Wittmann, o conselho do Commerzbank já pediu ao Governo alemão para fazer uma análise interna à possível aquisição, o que poderá demorar seis meses até à apresentação de alguns resultados. Para já, o próprio Governo já se mostrou contra uma aquisição, apoiando a “estratégia de independência” trazida até aqui.
“Ataques não amigáveis e aquisições hostis não são algo positivo para os bancos e é por isso que o governo alemão se posicionou claramente nesta direção”, apontou o chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre o tema.
Ao abordar a aquisição hostil, o membro do conselho de administração do banco alemão acredita que muitos postos de trabalho vão desaparecer, e mais serão com o “encerramento significativo das agências [balcões]”. Na opinião de Wittmann, o UniCredit apenas está concentrado nos clientes mais endinheirados do Commerzbank.
“Estamos preocupados com a nossa responsabilidade económica e industrial”, adiantou ainda, explicando que os sindicatos estão preocupados com a perda dos empregos, que “perderiam sempre numa fusão”.
Atualmente, o Governo alemão detém 12% do Commerzbank, isto depois de ter injetado 18,2 mil milhões de euros para resgatar a instituição durante a crise financeira de 2008. No fundo, Berlim terá de ser o mediador, tanto numa aquisição hostil como numa potencial fusão.
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