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Como a eficiência pode ser a chave para a competitividade

As recentes medidas dos Estados Unidos da América tendem a tornar os mercados cada vez mais competitivos e desafiadores. Deste modo, as empresas estão obrigadas a procurar competências que as possam distinguir e, ao mesmo tempo, crescer de forma sustentada.
28 Fevereiro 2025, 07h26

No nosso dia a dia, a palavra “eficiência” tornou-se quase omnipresente. Seja em conversas informais, seja em contextos empresariais, como a conhecida expressão: “Investir em tecnologia traz mais eficiência para as operações”.

A verdade é que, apesar de tanto falarmos no tema, acabamos por arriscar transformá-lo num cliché. A eficiência não deve ser distanciada para a periferia dos objetivos empresariais. Assim, surge uma questão crítica: será que as organizações incorporaram a eficiência como um dos seus pilares estratégicos? Se sim, quantas podem apontar metas claras e quantitativas para alcançá-las?

Segundo um estudo realizado pela askblue, em parceria com a IDC, intitulado “Digital Roadmaps in Portugal”, a eficiência operacional é a principal prioridade para 56% das empresas nacionais. Este dado, animador, indica um entendimento crescente de que ser eficiente não é apenas um diferencial competitivo – é uma necessidade estratégica.

No mesmo estudo, as empresas identificam a simplificação e automação de processos (36%) e a otimização da eficiência e agilidade operacionais (35%) como prioridades estratégicas. Isso reflete um foco claro em transformar operações através de tecnologias mais avançadas, como agentes virtuais, robôs e chatbots, utilizando a Inteligência Artificial (IA) e Generativa já existente.

Estudos globais apontam mesmo que a integração de IA nas operações pode aumentar a eficiência cerca de 30% em processos existentes. Trata-se de uma oportunidade melhorar a experiência do cliente e permite, também, alcançar um retorno financeiro expressivo e imediato.

Sobre a IA Generativa (GenAI na sigla inglesa), irá consolidar-se como um pilar estratégico para empresas que procuram manter sua competitividade e impulsionar o seu crescimento em novas receitas. Com isto, haverá um conjunto de novos desafios para os líderes empresariais, pois necessitam de garantir que as iniciativas nesta área estão alinhadas com os objetivos estratégicos a médio e longo prazo. Por um lado, será fundamental investirem na formação das equipas e na sua capacitação para escolherem as ferramentas mais adequadas para o seu contexto e os seus parceiros. Por outro lado, precisam de tornar célere a implementação e a adaptação das novas realidades tecnológicas aos seus modelos de negócios. Isto quer dizer que colocar em prática um programa de GenAI, de forma eficaz, exigirá um equilíbrio entre inovação e evolução de competências das equipas, nomeadamente autonomia, responsabilização e empatia.

Contudo, melhorar a eficiência operacional não é apenas uma questão de tecnologia e domínio da mesma. Para realmente fazer diferença, é essencial uma abordagem integrada que inclua análise de dados em tempo real, revisão de processos e, em cima de tudo, empatia.

Dados, empatia e sucesso operacional

Um dos maiores desafios das organizações é mensurar o ponto de partida da sua eficiência e definir com clareza onde desejam chegar. Como se costuma dizer, “não se gere o que não se mede”. Aqui, entra a importância da área de Data Analytics, que permite às empresas monitorizar as operações em tempo real e tomar decisões mais informadas e ágeis.

No entanto, há um elemento intangível que, muitas vezes, é negligenciado: a empatia é a cola que une todos os ingredientes necessários para implementar e sustentar um modelo de eficiência operacional. É ao “calçar os sapatos” do cliente, ou mesmo do colega de trabalho, que as organizações conseguem não apenas aplicar mudanças, mas fazê-las entoar positivamente em todos os níveis. Manter o foco em soluções criativas e ágeis, consegue-se transformar cada desafio numa oportunidade de crescimento ou de melhoria, criando uma cultura organizacional que valoriza a eficiência como um ativo central.

A eficiência é a chave do sucesso empresarial, especialmente num cenário económico e geopolítico tão volátil. Ainda que não possamos alterar a nova dinâmica dos mercados, podemos ajudar os nossos clientes a construir o seu futuro e a estarem preparados, de maneira robusta e sustentável, para os impactos que podem vir a surgir. Combinando automação inteligente, monitorização em tempo real e um compromisso com a experiência humana, estamos certos de que é possível alcançar operações de excelência que não apenas atendam às expectativas dos clientes, mas as superem.

 

Este artigo é da autoria da askblue.

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