A pick-up Chevrolet Silverado, um dos veículos mais populares dos Estados Unidos desde o seu lançamento, há três décadas, pode tornar-se uma das vítimas mais recentes da guerra comercial de Donald Trump. Dos 673 mil veículos produzidos em 2024, 31% foram montados na fábrica da General Motors do México e 20% na fábrica do Canadá. Os restantes 49% em território norte-americano. No entanto, há componentes feitos na Alemanha ou no Japão.
As tarifas norte-americanas sobre produtos canadianos, mexicanos e chineses irão entrar em vigor esta terça-feira, garantiu o presidente Trump na passada quinta-feira, reforçando também a ameaça para a UE de medidas de igual natureza, embora sem especificar datas para a sua entrada em vigor. De acordo com o administrador financeiro da General Motors, Paul Jacobson, a empresa tem vindo a preparar-se para as tarifas e reduziu em um terço o stock de produção fora dos EUA. “A última coisa que desejamos é ter veículos que de repente ficaram 25% mais caros devido à passagem do tempo”, admitiu numa conferência com analista, realizada no mês passado.
Se as tarifas se tornarem permanentes, Jacobson afirmou que a empresa teria de considerar a hipótese de realocar fábricas. Mas, com a incerteza atual, a General Motors não pode “gastar milhões transferindo o negócio de um lado para o outro abruptamente”, acrescentou.
Willebaldo Gómez Zuppa, professor de economia na Universidade do México disse ao Financial Times que as tarifas aumentariam o preço de veículos, como a Silverado, prejudicando a procura — e poderiam até agravar o problema da imigração.
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