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Como ficará a estrutura acionista da EDP?

Não faltaram notícias sobre a EDP em 2019. Contratos, processos, planos, parcerias, vendas: a energética liderada por António Mexia manteve os jornalistas que cobrem energia ocupados.
31 Dezembro 2019, 10h00

Não faltaram notícias sobre a EDP em 2019. Contratos, processos, planos, parcerias, vendas: a energética liderada por António Mexia manteve os jornalistas que cobrem energia ocupados. O ano vai ser lembrado, no entanto, como aquele em que a OPA da China Three Gorges fracassou.

Mesmo antes de enfrentar os testes dos reguladores da Comissão Europeia e dos Estados Unidos (e neste último caso com a rejeição quase garantida), a oferta da estatal chinesa, lançada em 2018 para comprar a totalidade das ações da EDP, esbarrou na Assembleia Geral (AG)de 24 de abril. Os acionistas chumbaram o fim do limite de votos de 25% por acionista, dando assim um golpe fatal à OPA.

A CTG mantém ainda os 23,27% que detém na empresa, mas a CNIC, também detida pelo Estado chinês, em novembro vendeu: de uma participação de 4,34% passou para 0,56%. Nesse mesmo mês, Mexia disse ao JE que a decisão da CNIC estava relacionada com as decisões da AG, mas salientou ainda que nenhum acionista, nem a CTG, pode condicionar o plano da energética. O CEO explicou ainda que vê muito interesse de fundos americanos na história da EDP.

O sinal é claro: com a derrota dos chineses na OPA e com a EDPa ganhar contratos nos EUA, os investidores norte-americanos poderão voltar a ter peso na empresa. O Capital Group saiu em 2018, mas a Black Rock mantém-se com 5% e Paul Elliott Singer, que entrou para combater a OPA, não foi tão ‘abutre’ assim e detém ainda a quota de 2,45%.

Com o plano estratégico anunciado em março a ser implementado a todo gás, incluindo vendas de ativos e novos contratos, a EDP reposiciona-se para uma nova era, mais verde, menos endividada e, quiçá, mais americana. Se Mexia renovar o mandato em 2021, será para liderar uma empresa bem diferente do que era no início do triénio em 2018.

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