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Como uma economia circular pode fazer render a água que bebemos todos os dias

Apesar de não sentirmos, a água está-se a tornar cada vez mais escassa e a necessidade de agir é cada vez mais urgente. Para isso, a EPAL lançou uma plataforma que visa informar os consumidores da importância em adotar hábitos mais ecológicos e que defendam uma economia circular da água.
1 Outubro 2019, 07h22

A água é considerada por muitos como o recurso renovável mais importante entre todos os outros que existem na terra. Cai do céu como chuva, rodeia os oceanos que cobrem quase três quartos da superfície do planeta e os glaciares que têm por norma arrefecer a terra.

Usamos a água para praticamente tudo hoje em dia. Para beber, lavar, cultivar alimentos, para a indústria, construção e produção. Mas nem toda a água é potável, e nem toda a gente tem acesso a ela. Com mais de 7,5 mil milhões de pessoas no planeta – e com uma projeção de chegar aos 10 mil milhões em 2050 – o cenário de stress hídrico global vai-se tornando cada vez mais real.

Atualmente, 844 milhões de pessoas – cerca de uma em nove da população do planeta – não tem acesso a água limpa e acessível a menos de meia hora das suas casas, e todos os anos cerca de 300 mil crianças menores de cinco anos morrem de diarreia devido à água suja e falta de saneamento.

As alterações climáticas estão a aumentar os períodos de secas e ondas de calor em todo o mundo também, fazendo crescer o número de ocorrências de inundações ao mesmo tempo que o nível do mar continua a crescer.  A poluição segue a mesma tendência e atualmente já se verifica água poluída nos abastecimentos de água doce e aquíferos subterrâneos. Apesar de não sentirmos, a água está-se a tornar cada vez mais escassa e a necessidade de agir e alterar os nossos hábitos enquanto consumidores é cada vez mais urgente.

Como forma de promover a utilização consciente e ecológica da água, a Empresa Portuguesa de Águas Livre (EPAL) lançou, esta terça-feira, para assinalar o Dia Nacional da Água, uma plataforma inteiramente dedicada às boas práticas e a um conceito que tem como princípios fundamentais a redução, a reutilização, a recuperação e a reciclagem. Água e Economia Circular.

A Água é Circular por Natureza

“A água é circular por natureza”, defende a EPAL “e é nestes modelos, criados muito antes da existência do homem no planeta, que nos inspiramos para promover uma vivência mais integrada e feliz entre o homem e a natureza”.

Assumindo um compromisso com a transformação de comportamentos e atitudes rumo a um modelo de atuação assente na economia circular que vai muito além da reutilização da água, a EPAL dirige-se assim ao consumo sustentável e outras soluções de economia circular assentes na criação de novos produtos.

Ao Jornal Económico (JE), o diretor de Comunicação e Educação Ambiental da Marcos Sá explica que “este é um tema de crucial importância para garantir a sustentabilidade de um planeta com recursos escassos e plantar as bases de futuras gerações com novos padrões de consumo responsáveis, construindo uma sociedade sem desperdício, assente em práticas de produção e consumo sustentáveis”.

Através da nova plataforma, a EPAL sublinha que é importante serem resgatados conceitos e formas de atuar que “precisam urgentemente de voltar à cena” numa altura em que o consumismo e o facilitismo os têm deixado relegados para segundo plano.

Manter a torneira fechada enquanto ensaboa as mãos, optar por duches rápidos e evitar o desperdício, usar as máquinas da roupa e da loiça com a carga completa, verificar regularmente o estado de vedação do autoclismo, reduzir as regas e para minimizar a evaporação regue durante as primeiras horas da manhã, quando as temperaturas são mais baixas continuam a ser alguns dos (maus) hábitos que consomem mais água entre as várias atividades domésticas.

Aos olhos da EPAL, não é difícil escolher alternativas mais sustentáveis e que consomem menos água. “Pretendemos mostrar às pessoas  que este é um tema de crucial importância para garantir a sustentabilidade de um planeta com recursos escassos”, continua o diretor de Educação Ambiental “e plantar as bases de futuras gerações com novos padrões de consumo responsáveis, construindo uma sociedade sem desperdício, assente em práticas de produção e consumo sustentáveis”.

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