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Companhias aéreas desinvestem em ligações com a China

As companhias aéreas estão a perder interesse nas ligações com a China devido a fatores como a fraca procura de viagens na China, o aumento dos custos, e o tempo de voo prolongado devido à necessidade de se evitar o espaço aéreo da Rússia.
Quanzhou, China
9 Agosto 2024, 10h09

As companhias aéreas estão a perder interesse nas ligações com a China devido a factores como a fraca procura de viagens na China, o aumento dos custos, e o tempo de voo prolongado devido à necessidade de se evitar o espaço aéreo da Rússia. Isto tem levado a que as companhias aéreas chinesas ganhem quota de mercado nas rotas internacionais, de acordo com a Reuters.

Entre as companhias aéreas que estão a desinvestir na China estão por exemplo a British Airways e a Qantas Airways, diz a agência noticiosa, que acrescenta que a quantidade de voos internacionais de e para a China que são feitas por companhias chinesas é maior face à pré-pandemia da Covid-19.

A Reuters sublinhou que a British Airways decidiu suspender os voos entre Londres e Pequim a partir do final de outubro, e já tinha feito o mesmo na ligação entre Londres-Hong Kong. A Virgin Atlantic decidiu também acabar com a ligação Londres-Xangai indefinidamente a partir do final de outubro. A Qantas decidiu também suspender a ligação Sydney-Xangai em julho. E os únicos voos diretos entre o México e a China são realizados por companhias aéreas chinesas.

A agência noticiosa acrescentou que desde o início da guerra na Ucrânia que as transportadores da China realizam rotas mais curtas no norte para a Europa e a América do Norte através do espaço aéreo da Rússia, enquanto que as companhias aéreas europeias e norte-americanas foram banidas do espaço aéreo russo, ou então foram banidas pelos seus próprios governos de sobrevoar esse espaço, ou então não sobrevoam esse espaço aéreo por motivos de segurança.

O analista da OAG, John Grant, citado pela Reuters, referiu que “as transportadoras chinesas têm custos até 30% mais baixos do que os seus rivais internacionais”.

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