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Companhias aéreas United Airlines e American Airlines vão despedir 32 mil trabalhadores

As companhias aéreas norte-americanas receberam uma ajuda de 25 mil milhões de dólares do maior pacote de estímulo económico da história do país, no valor de dois biliões de dólares, aprovada em março.
1 Outubro 2020, 08h43

A companhia aérea norte-americana United Airlines anunciou que vai despedir a partir de hoje 13.000 funcionários, poucas horas depois da American Airlines ter anunciado que iria dispensar 13.000.

No total, as duas empresas contam dispensar 32.000 trabalhadores, uma vez que os políticos norte-americanos não chegaram a acordo sobre uma extensão da ajuda ao setor aéreo, em crise devido à pandemia.

Ambas as empresas exortaram o Congresso dos EUA a aprovar um novo plano de salvamento para evitar despedimentos.

No entanto, as negociações entre Democratas e Republicanos para aprovar um novo pacote de estímulos para enfrentar a crise económica resultante da pandemia do coronavírus têm estado paradas há meses.

O presidente executivo da American Airlines, Doug Parker, deixou, no entanto, uma porta aberta: “Vamos cancelar” estes despedimentos “e chamar os membros da equipa afetada” se os Democratas e Republicanos chegarem a um compromisso nos próximos dias, disse, numa mensagem aos funcionários.

A United Airlines, entretanto, dispensará cerca de 13 mil empregados, incluindo quase sete mil comissários de bordo.

“Instamos os nossos representantes eleitos a chegar a um compromisso, fazer um acordo agora e salvar os empregos”, disse a empresa sediada em Chicago, numa mensagem aos seus empregados.

As companhias aéreas norte-americanas receberam uma ajuda de 25 mil milhões de dólares do maior pacote de estímulo económico da história do país, no valor de dois biliões de dólares, aprovada em março.

Em troca da receção do dinheiro, as companhias aéreas comprometeram-se a não despedir empregados até 30 de setembro.

O tráfego aéreo, que estava em queda livre no início da pandemia, está longe de voltar ao normal.

Muitos passageiros continuam relutantes em voar em espaço confinado, os voos internacionais continuam sujeitos a restrições rigorosas e as viagens de negócios estão a meio gás.

O número de clientes que passam pela segurança nos aeroportos americanos é ainda cerca de 60% a 70% inferior ao do mesmo período em 2019, de acordo com números governamentais.

Os Estados Unidos registaram 964 mortos e 41.252 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins.

Com este último balanço o país atingiu um total de 206.859 óbitos e 7.227.779 casos confirmados na segunda-feira.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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