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Compass: A Jeep já tem SUV compacto

A Jeep já revelou à imprensa portuguesa o novo Compass, a sua mais recente oferta no segmento dos SUV compactos. Chega em outubro e é capaz de fazer tudo como os grandes.
13 Junho 2017, 18h00

Posicionado entre o Renegade e o Grand Cherokke, o novo Jeep Compass apresenta-se como a solução perfeita para os amantes do TT que precisam de garantir algum espaço de manobra na cidade. É que, apesar de pertencer ao segmento dos SUV compactos, o Compass incorpora todo o AND Jeep e a sua tradição no fora-de-estrada à séria.

Foram estes atributos que a Jeep convidou a imprensa internacional a testar na zona de Sintra e Cascais. Aqui foi possível por à prova o sistema de controlo de descida, que limita a 2 km/h a velocidade do Compass e previne males maiores nos traçados mais complicados, mas também as placas de aço inoxidável com 3 mm de espessura que protegem as partes mais importantes da zona inferior da carroçaria.

Oportunidade também para pôr à prova os quatro modos de condução (Snow, Mud, Sand e Rock) do sistema Selec-Terrain; as “redutoras”, que no Compass se chamam Active Drive Low; e os 170 cv do motor de 2,0 litros a gasóleo que equipa a versão de topo do Compass, a Trailhawk.

Ainda que uma condução mais empenhada no asfalto tenha um efeito subvirador no SUV norte-americano, os sistemas de controlo de tração colocam tudo no lugar. Com uma suspensão um pouco mais dura do que o esperado, as vibrações mais fortes são sentidas pelos ocupantes, principalmente fora do asfalto, o seu habitat natural e onde o Compass faz tudo o que fazem os “grandes”, não existindo em momento algum a impressão de que o modelo norte-americano não fosse capaz de ultrapassar o obstáculo que se lhe deparava. O motor nunca fica sem fôlego, a direção é precisa e o sistema de tração integral consegue tornar quase impercetíveis quaisquer perdas momentâneas de aderência.  O ângulo de ataque de 15,8°, o de saída de 30,8°, e o ventral de 21,8° disponíveis nas variantes “normais”, aumentam na Trailhawk, respetivamente para 30,3º, 33,6º e 24,4º. Ao mesmo tempo, a passagem a vau cresce dos 406,4 mm para os 482 mm. Adicionalmente, a utilização de uma suspensão Chapman no eixo traseiro permite um curso de 20 cm às rodas do Compass.

Mas isso não quer dizer que o modelo com que a Jeep fecha o círculo na sua oferta SUV sirva apenas para TT e não tenha todos os restantes atributos necessários para triunfar no mercado SUV europeu.  Senhor de uma imagem em linha com o que de melhor se vê no mercado do Velho Continente, o modelo americano não precisou de abdicar da sua identidade para o conseguir. A grelha continua a ser tipicamente Jeep, tal como os arcos trapezoidais das rodas, figura geométrica repetida no tablier e na consola que alberga o ecrã tátil que controla o infoentretenimento e que pode ir até às 8,7”.

Se por fora merecem destaque as linhas musculadas, o tejadilho rebaixado atrás e a moldura preta que alberga os faróis dianteiros LED, por dentro são os materiais de boa qualidade, a boa colocação dos principais comandos, o opcional tejadilho panorâmico e o espaço que impressionam. Neste particular, o Compass oferece 2636 mm de distância entre eixos, utilizados para dar aos ocupantes do banco traseiro mais 8 cm para as pernas que no Renegade (6,6 cm mais curto) e ainda para oferecer aos clientes uma capacidade de carga que pode oscliar entre os 368 e os 438 litros com os cinco bancos montados, e que é extensível aos 1251 litros através do rebatimento assimétrico dos bancos traseiros.

A bordo do Compass, a dotação tecnológica é tão vasta como os seus atributos TT. São mais de 70 os sistemas de ajuda à condução que a Jeep anuncia para o novo Compass, e que serão disponibilizados de acordo com os quatro níveis de equipamento que estarão disponíveis em Portugal quando o Compass chegar ao mercado: Sport, Longitude, Limited e Trailhawk.

Os motores disponíveis serão três. A gasolina, a oferta é composta pelo 1.4 MultiAir2 com 140 ou 170 cv. Na variante menos potente (só tração dianteira), apenas poderá montar uma caixa manual de seis, ao passo que a mais potente monta em exclusivo uma caixa automática de nove relações.

O 1. 1.6 Multijet II de 120 cv abre a oferta Diesel, sendo proposto apenas com tração dianteira e caixa manual de seis. O turbodiesel 2.0 Multijet II usa apenas o sistema de tração integral Selec-Terrain e é proposto em variantes de 140 cv (caixa manual ou automática) e de 170 cv (apenas caixa automática).

Neste particular, merecem nota o alerta frontal de colisão, o sistema de estacionamento automático, o cruise-control adaptativo, a monitorização do ângulo morto e a manutenção da faixa de rodagem. Lugar ainda para algumas estreias no campo da conectividade, como a compatibilidade com Android Auto e Apple Car Play, bem como a app Jeep Skilss, que dá informação em tempo real ao condutor de tudo o que se passa no automóvel.

A segurança em caso de acidente também não foi descurada. O Compass apresenta airbagsfrontais, laterais e de cortina, assim como para os joelhos do condutor, todos de duplo estágio. Os cintos têm todos pré-tensores e limitadores de esforço.

Ainda sem preços para o mercado nacional, Dante Zili, responsável pelos mercados EMEA da Jeep, adiantou apenas que o Jeep Compass será produzido em quatro fábricas. As unidades para o mercado europeu provirão do México, que também fornece a América do Norte. Do Brasil sairão os modelos destinados à América Latina, ao passo que a unidade indiana da marca produzirá todos os Compass para os mercados com volante à direita (como os do Reino Unido, Japão, Austrália ou Índia). Os modelos vendidos no mercado chinês serão produzidos localmente.

Zili revelou ainda que, a partir de setembro, os Jeep deixarão de ser importados para Portugal pela Bergé, passando esta responsabilidade para a filial lusa da Fiat Chrysler Automobiles.

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